O Concelho de Vila Verde assinalou esta segunda-feira, 24 de Outubro, o 167º aniversário da sua fundação. A ocasião foi assinalada com uma sessão comemorativa no Salão Nobre da Câmara Municipal, tendo contado com duas actuações musicais e ainda duas intervenções, da presidente da Autarquia, Júlia Fernandes, e também de Martinha Soares, que esteve em substituição do presidente da Assembleia Municipal, Carlos Arantes, tendo lido o discurso preparado por este último. Durante a sua intervenção, a presidente de Câmara sublinhou que se «celebra, hoje, a fundação do Concelho de Vila Verde, com orgulho na nossa história, nas nossas raízes e na nossa identidade, enquanto povo que sabe honrar e valorizar o legado que tem ao dispor na construção de um futuro cada vez melhor para os vilaverdenses».
«Hoje é uma oportunidade para, juntos, reflectirmos sobre o caminho que queremos trilhar, para que o concelho de Vila Verde esteja sempre na linha da frente ao nível do progresso e da qualidade de vida das nossas populações», afirmou a autarca, revelando que se trata de uma «missão que se apresenta com responsabilidade acrescida, perante um mundo que atravessa uma encruzilhada extremamente complexa e não menos preocupante».
«DEMONSTRAR AO PODER CENTRAL A NECESSIDADE DE CORRIGIR A POSTURA DE DESINVESTIMENTO»
Após abordar o trabalho desenvolvido pelo Município e projectando o futuro, Júlia Fernandes deixou algumas criticas à ausência de investimento por parte do Poder Central.
«Vamos continuar a demonstrar ao Poder Central a necessidade de corrigir a postura de desinvestimento ao nível das acessibilidades estruturantes no concelho de Vila Verde, com prejuízo efectivo para as pessoas, para as empresas e para esta região onde nos inserimos. O acréscimo de dificuldades financeiras não vai demover-nos dos nossos objetivos e vamos continuar a ter as pessoas no centro das nossas atenções», disse, acrescentando, mais à frente, que se continuará a «apostar fortemente nas infraestruturas básicas, como o reforço da rede de água e saneamento e a melhoria da rede viária do concelho».
«Para isso, estamos a trabalhar para poder aproveitar ao máximo os recursos que venham a ser disponibilizados, designadamente através dos novos programas de apoio comunitário», destacou.
«SOMOS E VAMOS CONTINUAR A SER UM CONCELHO SOLIDÁRIO E INCLUSIVO»
Ainda durante a sua intervenção, a presidente de Câmara notou ser uma «acérrima defensora do trabalho em rede», pois «a cooperação e a união de esforços potenciam as mais-valias e os recursos de que dispomos».
«Juntos, trabalhando em rede, seremos capazes de criar sinergias, desdobrar esforços, planear e concretizar medidas, acções, investimentos que acrescentem valor ao nosso território e proporcionem bem-estar aos vilaverdenses», frisou Júlia Fernandes, concluindo, «continuaremos a dar o máximo na construção de um Concelho cada vez mais competitivo, moderno, desenvolvido e sobretudo mais igual, mais justo, solidário e inclusivo. Um Concelho onde as pessoas vivam cada vez melhor e mais felizes».
«DIA 24 ASSEVERA, DE FORMA CATEGÓRICA, AS NOSSAS TRADIÇÕES, A NOSSA MEMÓRIA E A IDENTIDADE CONCELHIA»
Apesar de não ter conseguido marcar presença por motivos profissionais, o presidente da Assembleia Municipal de Vila Verde, Carlos Arantes, deixou o discurso preparado e que foi lido na íntegra por Martinha Soares, também membro da Mesa da Assembleia.
«O dia 24 de Outubro, neste Município, assevera de forma categórica, desde há muitos anos, as nossas tradições, a nossa memória e a identidade concelhia. Todos aqui presentes temos, certamente, um sentimento comum: é um orgulho e uma honra ser vilaverdense. É um enorme orgulho pertencer a uma linhagem de pessoas que fizeram de Vila Verde, ao longo dos seus anos de existência, um lugar cuja identidade tem vindo a vincar-se ao longo dos anos», escreveu Carlos Arantes.
Pela voz da representante da Mesa, Arantes relembrou «todos aqueles que, de uma forma ou de outra, com o seu esforço, dedicação, empenho e sacrifício moldaram o Concelho. Um bem-haja a todos eles. Hoje é dia de os homenagear com simplicidade e espírito de gratidão». Acrescentou, também, uma «felicitação» àqueles que, «nos dias de hoje, também com dedicação e espírito de identidade fomentam a construção e as raízes do Concelho».
«Por fim, termino com uma palavra de confiança para todos os vilaverdenses. Confiança num Concelho. Creiam que, independentemente de ideologias políticas e eventuais divergências de opinião, é a isto que todos nos dedicamos», enalteceu Carlos Arantes.
A animação musical da sessão contou com dois momentos, tendo ficado a cargo da Academia de Música de Vila Verde, com a participação do Coro Juvenil da Classe da professora Lioba Vergely, e do Coro Sénior do projecto “Cultura para Todos”.
Mais desenvolvimentos na edição impressa de Novembro de 2022.