“É urgente uma descentralização acentuada, a começar pela reorganização das CCDR e a CIM”. Foi neste tom, desafiador e provocador, que o jornalista e comentador televisivo Henrique Monteiro se expressou, esta noite, na Biblioteca Municipal de Vila Verde, durante a Conferência “A urgência de um projeto mobilizador para Portugal”, inserida na Agenda Cultural “Aqui há cultura”, uma parceria da Câmara Municipal de Vila Verde e da EPATV, com o envolvimento da biblioteca pública.
Numa sessão em que o ex-diretor do jornal Expresso e da revista económica “Exame” fez uma abordagem sobre a necessidade de um projecto político “verdadeiramente reformador” que mobilize as forças vivas do País, temas como a reforma eleitoral (assente em círculos uninominais), a justiça, a saúde, a educação, o ambiente e, sobretudo, o desenvolvimento económico “assente na iniciativa privada” e no apoio à melhoria das condições salariais e de “uma classe média forte”, foram vários os momentos de debate aceso que trouxeram à colação diferentes perspectivas sobre o passado, o presente e o futuro do país.
A poucos dias de se celebrar os 49 anos 25 de Abril de 1974 (Revolução dos Cravos), Henrique Monteiro fez notar que “Portugal cresceu muito desde então para cá. Mas urge uma reforma estrutural, um novo projeto mobilizador para o País”.
Desde logo, na sua óptica, “é urgente uma descentralização acentuada”.
EMÍDIO GUERREIRO E ZECA AFONSO
Em paralelo, foi inaugurada a exposição biográfica “Emídio Guerreiro – um lutador pela liberdade, patente até dia 05 de Maio, na biblioteca municipal. No mesmo espaço, pontua uma exposição discográfica de Zeca Afonso, alguns dos discos (LP´s, singles e outros) da extensa obra do compositor e autor mais carismático da resistência à ditadura e da “revolução dos cravos”. De resto, já no dia 19, no mesmo espaço, serão interpretadas – ao vivo – algumas composições do autor.
Cumpriu-se, assim, mais uma etapa da “Agenda Cultural”, que prossegue no próximo dia 19 de Abril, com a apresentação da obra ” Emídio Guerreiro – sob o despotismo da liberdade”, da autoria de Luís Farinha. Segue-se o debate com o Coronel Rui Guimarães, um capitão de Abril.
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