OPINIÃO

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Exercícios da Proteção Civil, o caso Maddie e as buscas da PJ na Barragem do Arade

Opinião de Fausto Pires

 

O treino é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer intervenção. Na área da Proteção Civil esta premissa ainda é mais válida, pois permite testar, em ambiente simulado, procedimentos ao nível do comando, tático e de manobra, essenciais ao cabal cumprimento de todas as forças e serviços com competências na matéria, identificando falhas e constrangimentos que, a verificarem-se em situação real, teriam quase sempre efeitos negativos.

Os exercícios de Proteção Civil permitem assim criar oportunidades de melhoria contínua do planeamento e ou na logística de qualquer ocorrência. Deste modo, os exercícios de Proteção Civil permitem ainda aprontar os agentes de Proteção Civil (APC), familiarizá-los com a estrutura de comando e controlo, exercitar a articulação operacional e a coordenação entre postos de comando.

Passados 16 anos, as autoridades regressaram à procura de Madeleine McCann. As autoridades portuguesas e estrangeiras deslocaram-se à Barragem do Arade em busca de novas pistas que possam ajudar a resolver o caso do desaparecimento da menina britânica. Nas investigações participaram operacionais das várias autoridades portuguesas, britânicas e alemãs, envolvendo assim vários meios, nomeadamente equipamentos dos sapadores florestais, embarcações, um VLCI dos bombeiros, meios humanos e materiais da GNR e várias viaturas pick up. Foi ainda empregue neste TO (teatro de operações) a viatura de contentor da PJ com designação “Unidade de Coordenação Operacional” e tendas da Proteção Civil Municipal.

Porém, caso não venham a ser alcançados os objetivos principais desta operação, podemos dizer que a referida ação atingiu  outros objetivos, pois permitiu testar a articulação entre forças e  desta forma estamos perante como um exercício, talvez um “Livex”.

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