O Tribunal de Braga inicia, esta quarta-feira, o julgamento de uma jurista, com escritório em Barcelos, sob a acusação de se ter apropriado, indevidamente, de cerca de 200 mil euros de um empresário.
Ema Magalhães dos Santos terá induzido o lesado em erro, fazendo-o crer que o dinheiro que adiantava era para pagar serviços jurídicos, nomeadamente para o «safar» de problemas patrimoniais.
Para além deste julgamento, onde está acusada de burla qualificada, abuso de confiança e falsificação de documentos, a advogada enfrenta, no Tribunal de Comércio de Famalicão, um processo de insolvência, em que os credores lhe exigem uma soma superior a 1,7 milhões de euros.
A causídica foi, em Outubro, suspensa pela Ordem dos Advogados, depois de se ter sentado nos bancos do Tribunal por alegadamente burlar uma artesã de Barcelos em 250 mil euros. Na ocasião, pagou o dinheiro reclamado por Conceição Sapateiro, evitando, desse modo, a condenação.
No processo de insolvência consta que Ema Magalhães terá ficado a dever um milhão de euros de um empresário de hotelaria, de Barcelos, e obtidos 500 mil de um sacerdote de Guimarães.