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José Manuel Fernandes já tomou posse como Ministro da Agricultura e Pesca

O vilaverdense José Manuel Fernandes tomou posse esta noite como Ministro da Agricultura e Pesca, durante a cerimónia de que decorreu no Palácio Nacional da Ajuda. O primeiro-ministro recém-empossado apelou a que os partidos recusem o papel de força de «bloqueio», desafiando em particular o PS a decidir se quer ser «Oposição democrática» ou «bloqueio democrático».

Luís Montenegro também tentou desmontar a ideia de que o país está hoje «de cofres cheios».

Palavras fortes do primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa cerimónia em que foram empossados os 17 ministros do XXIV Governo Constitucional, a menos de um mês depois da vitória da AD nas legislativas de 10 de março.

No discurso de tomada de posse, no Palácio da Ajuda, Montenegro revelou que desafiará, desde já, todos os partidos a elaborar uma agenda de combate à corrupção, com o objetivo de reunir «uma síntese de propostas» no espaço de dois meses. Na área da Saúde, comprometeu-se a apresentar um programa de emergência até dia 2 de junho.

O novo chefe de Governo também se comprometeu com o combate à burocracia e com a fixação dos jovens em Portugal. Sobre a imigração – tema caro ao Chega e sobre o qual Passos Coelho fez uma polémica intervenção durante a campanha -, disse querer um país «humanista e acolhedor», que não esteja «nem de portas escancaradas nem de portas fechadas».

O novo chefe do Governo prometeu que a sua equipa terá «capacidade de diálogo» com as restantes forças políticas. Nesse sentido, afirmou que «é isso que também se espera das oposições», avisando ainda que este não é um Executivo «de turno» e que tenciona levar a legislatura até ao fim.

Aludindo ao facto de o PS já ter anunciado que, embora vá viabilizar o programa de Governo, não garante a aprovação do Orçamento do Estado, o novo primeiro-ministro deixou outro alerta aos socialistas: «Não rejeitar o programa de Governo não significa um cheque em branco (ao Executivo), mas também não pode significar um cheque sem cobertura».

Excedente

Num reconhecimento tácito de que as promessas feitas durante a campanha eleitoral criaram elevadas expectativas em vários setores, Montenegro procurou desmontar a ideia de que há dinheiro para tudo: avisou que o país não passou a estar «de cofres cheios» por ter tido um excedente orçamental, vincando que essa ideia é até «uma ofensa» para quem vive em dificuldades.

«Não ficámos um país rico só porque tivemos um superávit orçamental», sublinhou o primeiro-ministro, referindo-se ao excedente obtido pelo Executivo anterior. Colocando um travão às pretensões populares, realçou que «a teoria dos cofres cheios conduz à reivindicação desmedida e descontrolada de despesas insustentáveis».

Ainda assim, Montenegro garantiu que cumprirá as promessas «de desagravamento fiscal, de valorização dos salários e das pensões, de reestruturação dos serviços públicos e modernização do Estado».

Contudo, não o fará «à sombra da ilusão de um excedente», e sim através de «uma economia mais produtiva e competitiva e de um Estado renovado e eficiente».

ovilaverdense@gmail.com

Com JN

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