Os frutos da terra, colhidos pelos agricultores locais, são a base de trabalhos dignos de registo. A Igreja de Escariz S. Mamede, em Vila Verde, volta, durante este fim de semana, a ser decorada com o que a agricultura nos dá, brilhando perante os olhares de quem a visita.
Este ano, com o tema “Levar Jesus a todos e todos a Jesus”, surgiu a ideia da Páscoa. Florinda Torres, uma filha daquela terra que, em conjunto com outras colegas, ajuda a ornamentar a Igreja, foi uma espécie de guia para o jornal “O Vilaverdense”.
“As cruzes, a mesa de Páscoa, onde não podiam faltar os doces, o vinho do Porto e as amêndoas, as toalhas dos lenços dos namorados, as colchas em lã de ovelha tecidas aqui na terra em teares manuais e os lençóis de linho, semeado e cultivado nos campos de Escariz S. Mamede, foram algumas ideias que nos ocorreram, as quais nós pusemos em prática, num trabalho minucioso e com vários detalhes de relevo”, explicou.
Olhando para o altar principal, Florinda chamou-nos a atenção para uma Santa Custódia feita, por um habitante, em abóbora.
“Vamos, perante o tema de cada ano, usando o que a imaginação nos ditar, enchendo-nos de orgulho a decoração da nossa Igreja”, desabafava.
Os “Sabores da Terra” estão de regresso àquela localidade, hoje e amanhã, proporcionando um conjunto de actividades levadas a cabo pela comunidade local.
À beleza dos altares da Igreja, juntam-se outros momentos ligados à vida dos campos, como a gastronomia campestre nas tasquinhas, a Missa das Colheitas, a Feira das Colheitas e o “Grande Encontro de Tocadores de Concertina”.
Os “Sabores da Terra”, fruto do empenho e dedicação do pessoal daquela terra, é um evento promovido pela União de Freguesias de Escariz S. Mamede e Escariz S. Martinho, com a colaboração da Paróquia local.
Trata-se de mais uma actividade inserida “Na Rota das Colheitas”, iniciativa com mais de 50 eventos ligados à atividade agrícola e ao mundo rural, levada a efeito durante quatro meses e organizada pelo Município de Vila Verde com o envolvimento das comunidades locais, de instituições e, também, de empreendedores e empresas.
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Por Emílio Costa (CO 1179)