O investimento municipal em Braga duplicou em 2018 e as contas mostram um resultado líquido do exercício de 6,1 milhões de euros, um número melhor que o resultado líquido de 2017, que foi de 3,6 milhões de euros. No entanto, a dívida a curto prazo aumentou.
Os números, descritos no Relatório de Gestão e Contas de 2018, que é apreciado na próxima segunda-feira em reunião do executivo municipal.
Em nota à imprensa, a o executivo liderado por Ricardo Rio, refere que ao nível do investimento autárquico “foi um ano extremamente exigente”, com a concretização de diversos projectos estruturantes em diversas áreas de actuação municipal”.
O ano de 2018 ficou marcado por diversos projectos de “extrema importância para a cidade”, lê-se o texto, dando como exemplos a inauguração do Altice Forum Braga, a atribuição do prémio de segundo melhor destino europeu no ano em que Braga obteve os seus melhores registos a nível turístico, a apresentação da estratégia ‘Braga Cultura 2030’ – um primeiro passo para a futura candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura em 2027.
Rio aponta ainda a atribuição do título de melhor Cidade Europeia do Desporto de 2018, “tendo Braga sido palco de centenas de actividades desportiva”, a renovação do Parque Desportivo da Rodovia e as medidas tomadas no sentido de tornar “Braga uma cidade com mobilidade mais sustentável”, que incluem o processo de renovação de 30% da frota dos Transportes Urbanos de Braga e projectos como o BUILD – Laboratórios para a Descarbonização.
DÍVIDA A CURTO PRAZO AUMENTA
O ano de 2018 registou um aumento da dívida de curto prazo do município.
Segundo a maioria de direita que lidera a autarquia, este aumento deve-se à decisão judicial que condenou o município, no âmbito da construção do estádio municipal, ao pagamento de cerca de 4,2 milhões de euros ao consórcio ASSOC, ACE e Soares da Costa, SA, da contabilização de seis contratos de arrendamento de equipamentos desportivos celebrados com a SGEB, SA (ascendendo a 3 milhões de euros, anteriormente não reconhecidos por divergência de execução das obras) e das verbas liquidadas no âmbito do resgate da ESSE.
DÍVIDA A MÉDIO E LONGO PRAZO
No que diz respeito à dívida de médio e longo prazo, e segundo os dados inscritos no Relatório de Gestão e Contas de 2018, diminuiu 14,4 milhões de euros, para um valor de dívida total de 53 milhões de euros. Em termos de endividamento do universo municipal, em 2018 registou-se um aumento de 7 milhões de euros da dívida total do município, por comparação com o período homólogo, passando agora a totalizar 53 milhões de euros. Ainda assim, considerando o quadriénio de 2015-2018, a dívida total foi reduzida em 5,2 milhões de euros – passando de 58,2 milhões em 2015, para 53 milhões de euros em 2018.
PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS
Relativamente ao Plano Plurianual de Investimentos, o valor investido em 2018 – 18,3 milhões de euros – é superior em 9,4 milhões de euros face ao ano anterior, representando uma taxa de execução de 63%.
“Esta variação resulta da referida concretização de diversos investimentos essenciais para o desenvolvimento do concelho, tais como a Requalificação do Parque de Exposição de Braga (Altice Forum Braga), a construção dos diversos Centros Escolares e respectivo apetrechamento em termos de mobiliário e equipamento tecnológico, a reabilitação do Parque Desportivo da Rodovia e arruamentos urbanos diversos”, adianta a nota à imprensa.
O activo líquido apresenta em 2018 um valor de 576 milhões de euros. Comparando com o registado no final do exercício anterior (557 milhões de euros), verifica-se um aumento de 19,7 milhões de euros, que “reflecte o forte investimento executado e preconizado no Plano Plurianual de Investimentos”.
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com Fernando Gualtieri (CP 1200)