OPINIÃO –

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É mais do que tempo de colocar os rios Neiva, Vade, Homem e Cávado ao serviço do nosso bem-estar!

Aproxima-se, a largos passos, a época balnear. Nesta fase, todos nós ficamos mais despertos para um dos principais recursos que o concelho dispõe: os rios.

São vários os cursos de água que Vila Verde tem, com particular destaque para os rios Neiva, Vade, Homem e Cávado. Direi até que Vila Verde é um dos concelhos com mais margens de rio. Infelizmente é um recurso pouco valorizado.

A utilização dos rios mais própria do verão (leia-se, a ida a banhos) pode e deve ser complementada com condições que permitam que deles se usufrua ao longo de todo o ano.

Basta ir aos concelhos vizinhos e veremos como a aposta certa, feita desde há muito tempo, proporciona muita qualidade de vida às populações locais e atrai o turismo.

Com exepção do notável trabalho que é feito pelo Clube Náutico de Prado, o enorme potencial dos nossos rios não está devidamente aproveitado.

Entre outras possibilidades de utilização, há duas áreas que a autarquia devia prestar particular atenção:

  1. a utilização balnear;
  2. a utilização das margens para ecovias.

Quanto à utilização balnear, trago à discussão o facto Vila Verde não ter nenhuma praia fluvial com bandeira azul. Registe-se que são quatro os critérios exigidos para que tal pudesse acontecer: i) informação e educação ambiental, ii) qualidade da água, iii) gestão ambiental e equipamento e iv) segurança e serviços.

A Associação Bandeira Azul da Europa divulgou as 352 praias (marítimas e fluviais) que foram galardoadas em Portugal com a bandeira azul. Infelizmente, Vila Verde não aparece neste mapa. Este dado traz à evidência o quanto está por se fazer.

Quanto à utilização das margens para ecovias, só para vos falar do que se passa aqui por perto, Ponte de Lima tem vários quilómetros, Ponte da Barca também, Arcos de Valdevez não lhes fica atrás, Monção é mais um caso, Valença igualmente, Vila Nova de Cerveira idem…e podia continuar a dar exemplos!

Conheço-as todas e garanto-vos que nenhum destes concelhos tem margens de rios mais bonitas e mais apelativas do que as de Vila Verde. A diferença é apenas uma: as deles estão devidamente aproveitadas e as nossas não!

Cabe-nos a nós, cidadãos, exigir ao poder político que a qualidade de vida passe a ser uma prioridade efetiva nas opções da autarquia.

Lembro que ao longo destes anos foram colocados à disposição dos municípios muitos milhões de euros destinados às finalidades abordadas nesta crónica. Já há vários anos que muitos municípios usam estes fundos, o que os colocou na dianteira.

Apesar de estarmos muito atrasados em relação a eles, ainda vamos a tempo de tentar recuperar algumas das oportunidades perdidas.

Como diz o ditado, mais vale tarde do que nunca.

Mãos à obra?

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