OPINIÃO –

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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (41). Os lugares e as pessoas são as verdadeiras fontes da verdade

A aparição do dia 13 de julho já chamou a si milhares de pessoas, pois a notícia dos acontecimentos de Fátima chamava a si todas as atenções, mas Lúcia estava muito desanimada, desconsolada, triste, tentada, devido a tantos dissabores que tinha passado por parte da família, do Prior e, naquele momento, da sua própria imaginação, chegando a ser tentada, para apagar o seu suplício, a dizer que era tudo mentira.

Chegou, na véspera, a garantir aos seus primos que não iria com eles no dia 13 de julho, mas no próprio dia a Jacinta, banhada em lágrimas, e o seu irmão, Francisco, dispostos a irem sós, conseguiram convencê-la. Deus quando quer não há qualquer força diabólica que consiga vencer. Lúcia, nesses dias, em sonhos, viu algo que ninguém deseja ver, com certeza, vindo de um inconsciente cravado de tantas insinuações, oriundas, também, da parte do clero, como esta: «Pois não lhe dissera o Senhor Prior que podia ser tudo ilusão do demónio?…»

Nesse dia, 13 de julho, o próprio Sr. Manuel Marto, pai de Francisco e da Jacinta, quis estar presente, relatando, ele próprio, ao Reverendo Padre João de Marchi: « Fiquei mesmo rente com a minha “Jacintica”. A Lúcia, ajoelhada um pouco mais à frente, passava as contas e todos respondiam em voz alta. Acabando o terço, levanta-se, olha assim para o nascente e grita: – Fechem os chapéus, fechem os chapéus, que já aí vem Nossa Senhora… vi assim a modo uma nuvenzinha acinzentada que pairava sobre a azinheira. O Sol enturviscou-se e começou a correr uma aragem tão fresquinha que consolava. Nem parecia estarmos no pino do verão. O povo estava mudo que até metia impressão. E então comecei a ouvir um rumor, uma zoada, assim a modo como um moscardo dentro de um cântaro vazio. Mas de palavras, nada.»

Mais uma vez os pastorinhos viram Nossa Senhora, após rezarem o terço com a multidão e surgir uma luz radiante. Conta o Pe. De Marchi que a Lúcia tão apreensiva que andava, só começou a dialogar com a Senhora Aparecida com a insistência de Jacinta, então perguntou a Lúcia: «Vossemecê que me quer?

– Quero que venham aqui no mês seguinte, que continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário para obter a paz no mundo e o fim da guerra…

– Queria pedir-Lhe para nos dizer Quem é, para fazer um milagre com que acreditem que Vossemecê nos aparece.

– … Em Outubro direi Quem sou, o que quero e farei um milagre que todos hão de ver para acreditar…»

A Virgem pediu muita oração, sobretudo a reza do terço, ensinou orações/jaculatórias às três crianças. Várias profecias foram reveladas por Nossa Senhora aos pastorinhos, inclusivamente que a guerra mundial acabaria em breve, mas se a humanidade não deixasse de ofender a Deus, viria outra pior, no reinado do Papa Pio XI. Realmente, Pio XI faleceu em fevereiro de 1939 e a guerra teve início no dia 1 de setembro do mesmo ano, já depois do seu reinado, mas viveu, com certeza, as agruras e as aflições dos seus antecedentes e o presságio do sofrimento e mortes que iriam surgir.

Disse ainda, a Imaculada: «Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida (O meu pai falou-me várias vezes desse sinal, que surgiu a poente no final da tarde do dia 31 de agosto de 1939, com um tom avermelhado e que era assustador…), na noite antes da guerra, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá que vai punir o mundo dos seus crimes por meio da guerra, da fome, e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre… O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal conservar-se-á sempre o dogma da fé…»

Principal fonte destas crónicas: “Fátima Altar do Mundo”, 3 volumes, sob a direção literária do Dr. João Ameal da Academia Portuguesa da História…

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