O Tribunal de Braga condenou a quatro anos de prisão, com pena suspensa, por homicídio qualificado com negligência, omissão de auxílio e condução sob efeito de embriaguez, o homem que, em 2018, atropelou mortalmente, João Luís, um jovem de 23 anos, estafeta da Telepizza, em Braga.
O acidente provocou, na ocasião, grande comoção na cidade, dado que o jovem era estudante universitário, o que motivou que, no funeral, na freguesia de Trandeiras, tivessem comparecido várias dezenas de colegas e amigos.
O advogado Rui Santos disse a O Vilaverdense/PressMinho que a família ficou satisfeita com o número de anos da pena mas não concordou com a sua suspensão.
“A família ainda não decidiu se irá recorrer, mas é certo que tanto o Tribunal da Relação como o Supremo costumam decretar que este tipo de penas seja efectiva, mesmo que para isso seja necessário reduzir o tempo a cumprir”, alvitrou.
Além da pena de prisão, o arguido, um empresário de 64 anos, que possui uma garagem de estacionamentos na cidade, ficou inibido de conduzir durante um ano e terá de pagar dois mil euros a uma instituição de solidariedade social. Fica, ainda, obrigado a frequentar um programa de recuperação da tendência para o alcoolismo e um curso de prevenção rodoviária.
O tribunal deu como provado que embateu na motocicleta da vítima, em contra-mão, numa curva, na Variante do Cávado, no sentido Braga/Vila Verde. O jovem foi abalroado e atropelado, o que lhe causou um traumatismo cranioencefálico que o levou à morte, já dentro da ambulância, a caminho do Hospital de São João no Porto.
O arguido fugiu, logo de seguida, indo até ao parque de estacionamento subterrâneo que possui em Braga, para esconder o veículo acidentado.