O candidato do PAN à Câmara Municipal de Braga, Rafael Pinto, defendeu a criação de uma Estratégia Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar em parceria com o sector da restauração e grandes superfícies – uma condição para concessão e renovação de licenças.
A proposta, que consta do programa às Autárquicas de Setembro, foi apresenta esta segunda-feira à margem da visita que o cabeça-de-lista do Pessoas Animais Natureza afectou à cozinha solidária ‘Virar a Página’.
“O desperdício alimentar é um problema absurdo a vários níveis, que não só acarreta grandes danos ambientais, com o gasto desnecessário de recursos, como é simplesmente imoral deixarmos tanta comida ir para o lixo, quando tantos precisam”, afirmou Rafael Pinto, que se fazia acompanhar por Tiago Teixeira, nº 1 à Assembleia Municipal.
Para o PAN, a estratégia deveria assentar em parcerias com restaurantes, cantinas, cafés, entre outras entidades, mas também com a população.
“A autarquia tem que ser parte activa na procura de soluções com a sociedade civil na procura de respostas para este flagelo”, defende.
Dentro desta estratégia, o partido quer criar uma rede de excedentes agrícolas, “produzidos para autoconsumo ou para fins comerciais”, que possam ser recolhidos e distribuídos para estes projectos e para pessoas em situação de vulnerabilidade económica.
Rafael Pinto e Tiago Teixeira, sustenta que a autarquia deve ainda “envolver as grandes superfícies comerciais’ neste combate, como condição para a concessão e renovação de licenças”.
Na visita à Virar a Página, a candidatura do PAN classificou como “extraordinário” o trabalho dos voluntárias que ali prestam serviço.
“Não só estão a dar uma resposta de emergência a necessidades sociais, suprimindo respostas básicas de emergência alimentar, garantindo bens de subsistência a um grande número de famílias, como ainda contribuem para melhorar o ambiente, reaproveitando grandes quantidades de restos alimentares que teriam como destino o lixo, mas que grande parte ainda se encontra em perfeitas condições de consumo”, referiu Rafael Pinto.
A cozinha, criada no início da pandemia, funciona através de voluntários e donativos e serve centenas de refeições por dia.
Uma grande parte dos produtos são excedentes, com qualidade, de restaurantes, padarias, do Mercado Municipal e mercado abastecedor, impedindo assim o desperdício alimentar.