Luís Louro, cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda (BE) pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, manifestou apreensão com o “elevado número” de vínculos laborais precários dos trabalhadores do distrito, principalmente dos mais jovens.
Em reunião com a União dos Sindicatos de Viana do Castelo, o candidato bloquista defendeu a reversão das “normas da troika” na legislação laboral, “recuperando a contratação colectiva, para aumentar a capacidade reivindicativa dos trabalhadores e, consequente, assegurar a melhoria dos seus direitos”.
Considerando “urgente uma governação que responda pelo país tem a obrigação de colocar o emprego no centro da acção política e de responder às transformações em curso no mundo do trabalho”, Luís Louro defendeu “políticas capazes de criar e distribuir o emprego, qualificando o país, reduzindo o horário de trabalho e combatendo as múltiplas formas de desregulação e prolongamento dos horários e de trabalho não pago”.
“Portugal – acrescentou – continua a ser um país precário: cerca de um quarto da população com contratos precários, dois terços da juventude trabalhadora sem contrato permanente e centenas de milhares que trabalham sem contrato (na informalidade absoluta ou com falsos recibos verdes)”, afirmou.
Para o cabeça-de-lista do Bloco, “os baixos salários condenam as pessoas a vidas no limiar da pobreza e os vínculos temporários impedem-nas de fazer projectos para o futuro”.
No final do encontro, Luís Louro assegurou que o BE “acompanha as exigências destes sindicatos, que propõe a valorização dos direitos dos trabalhadores, nomeadamente o aumento dos salários, o combate à precariedade e a alteração da distribuição da riqueza produzida de forma a promover a igualdade”.