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Alunas do Politécnico de Viana de Castelo apresentam projecto de apoio a vítimas de violência doméstica em Madrid

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Quatro alunas da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) apresentaram o projecto ‘Pasaporte a la Libertad’ para apoiar vítimas de violência doméstica na SFERA Experience na Universidade Camilo José Cela, em Madrid.

Uma comunidade auto-sustentável, autónoma e segura para as vítimas de violência doméstica foi o projecto apresentado por quatro alunas finalistas da ESCE do IPVC na SFERA Experience, uma iniciativa de inovação social da Fundação UCJC, que conecta estudantes de 10 universidades ibero-americanas para que possam propor projectos empreendedores como resposta aos desafios sociais e ambientais.

“Toda a experiência e contacto com pessoas de outros países, culturas, mentalidades e estilos de vida foram uma mais-valia. Não ganhamos o prémio, por muito pouco, mas ganhamos uma experiência única”, confessa a aluna Tânia Dantas, que apresentou o projecto em espanhol.

Tânia Dantas e Cátia Vieira, da licenciatura de Marketing e Comunicação Empresarial, e as alunas Ana Sousa e Daniela Vieira, do curso de Organização e Gestão Empresariais, com a tutoria da professora Helena Santos, trabalharam, durante os últimos meses, no projecto ‘Pasaporte a la Libertad’.

“Focamos o nosso projecto nas consequências de desigualdade de género, nomeadamente na violência doméstica. Apesar de haver muita sensibilização para este tema, os números são muito elevados e com a pandemia continuou a aumentar”, justifica a aluna, sublinhando que o objectivo da comunidade é receber mulheres e filhos.

“As mulheres iriam trabalhar na comunidade em várias áreas de forma a tornar a comunidade financeiramente autónoma e assim não dependeriam de ninguém”, explica Tânia Dantas, adiantando que ali as mulheres teriam acesso também a sessões com outras mulheres para partilharem histórias de vida.

Para “proteger as vítimas do agressor”, a comunidade seria anónima, sendo que as vítimas teriam ao dispor vários serviços de apoio e de retaguarda. As mulheres que integrariam esta comunidade podiam abandonar o espaço, quando já tivessem independência financeira, mas teriam sempre a possibilidade de continuar com sessões e acompanhar as mulheres que iam chegando de novo.

PARTICIPAÇÃO 10 UNIVERSIDADES IBERO-AMERICANAS

 O projecto SFERA Experience, que se realizou pela primeira vez, é um “espaço colaborativo de inovação social” em que alunos interdisciplinares pertencentes a universidades ibero-americanas participam na competição por equipas, onde podem trabalhar juntos para enfrentar desafios que envolvam transformações sociais em prol da comunidade local ou global.

Este ano, participaram grupos de alunos de 10 universidades. Para além do IPVC, participaram a Universidade San Francisco de Quito(USFQ), do Equador, a Universidade Camilo José Cela, de Espanha, a Universidade Rafael Landívar(URL), de Guatemala, a Universidade Tecnológica Centro-americana (UNITEC), das Honduras, a Universidade Popular Autónoma do Estado de Puebla (UPAEP) e o Tecnológico de Monterrey, do México, a Universidade Nacional Autónoma de Nicarágua(UNAN), a Universidade de Panamá (UP), e a Universidade ORT, do Uruguai.

O SFERA Experience 2021, que se focou na Educação em Contextos Vulneráveis, “ofereceu um programa interactivo e vivencial por meio de sua plataforma, que ajuda a responder a todas essas questões, facilitando a reflexão, a acção e o compromisso com a sociedade”, explica, entretanto, a professora Helena Santos, referindo que as participantes trabalharam de Março até finais de Junho, aplicando o método desenvolvido na Universidade Camilo José Cela.

A professora Helena Santos sente-se “orgulhosa” pelo trabalho feito pelas alunas da ESCE. “As alunas trabalharam muito e o projecto foi apresentado em espanhol. Estivemos muito bem. Foi uma aprendizagem para todos e para o ano já teremos mais ferramentas e conhecimentos”, destaca a professora.

O projecto surge numa “lógica de pensamento sistémico” com formação de vários formadores da universidade, sendo que o desafio deste ano era “educação em contextos alinhados” com base nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

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