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Autárquicas 2021: PSD com Júlia Fernandes, José Morais (PS) em dúvida, tal como Paulo Marques (CDS), e independentes na forja

Terminadas as férias de verão, as máquinas partidárias e os projetos de cidadãos independentes, pelo país inteiro, estão de olhos postos nas autárquicas, que se realizam em Setembro do próximo ano.

Falta menos de um ano – cerca de 10 meses – para que aconteça aquele que é o ato eleitoral mais mobilizador de todos. Parece muito tempo, mas não é. 

São milhares de cidadãos envolvidos nas diversas listas para a assembleia municipal, câmara municipal e assembleias de freguesia e muitos já anunciaram que vão a votos.

A proximidade entre eleitos e eleitores é a grande força do poder autárquico, mas em muitos casos revela-se também como uma das suas maiores debilidades. Não raras vezes é necessário optar entre prestar vassalagem a interesses instalados e estar ao serviço do bem público, do interesse colectivo. Muitas das vezes, estes interesses são conflituantes.

E é perante a opção que cada autarca faz, quando surge o choque acima referido, que conseguimos perceber a verdadeira dimensão política e humana do eleito local. 

Mas regressemos então às movimentações partidárias nos bastidores, em particular no concelho de Vila Verde: candidato anunciado publicamente não há nenhum.

Apesar de estar no poder, o que lhes permitiria entrar mais tarde na corrida, o PSD não quer facilitar e adiantou-se para marcar terreno. Atrever-me-ia a dizer que a decisão já está tomada: Júlia Fernandes é a candidata, eleitoralmente forte, e já está no terreno.

Há um sinal claríssimo: a vereadora da educação aparece em diversos vídeos a visitar obras públicas em setores onde ela não tem quaisquer competências (estradas, saneamento…). E se repararem, está sempre acompanhada pelo presidente de câmara, que assim determina a solução para a sua sucessão.

Entretanto, percebe-se que no PS e no CDS ainda há muitas dúvidas sobre quem irá a votos. Parece óbvio que, se eles quiserem, José Morais e Paulo Marques serão os respetivos candidatos, já que são os mais fortes dentro dos seus partidos.

Mas na sombra dos silêncios há muitos sinais, de ambos, que poderão estar de saída da vida política.

O PS tem esperança, e alguma possibilidade, de ganhar as eleições com José Morais. Aceitará ele ser candidato?

O CDS sente, com legitimidade, que pode eleger Paulo Marques como vereador. Estará disposto a ser candidato?

Por fim, estando António Vilela no último mandato, pode haver a tentação de surgir uma ou duas listas independentes a baralhar as contas de todos. A possibilidade de alguém independente ser eleito neste cenário é muito grande.

Paulo Marques, ou um independente, poderá ser o fiel da balança numa vitória anunciada do PS ou do PSD.

Os bastidores estão em ebulição, veremos qual o resultado.

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