A comunidade cigana do concelho é a principal destinatária de um projecto inclusão social de crianças e jovens que a Câmara de Barcelos vai implementar nos próximos 24 meses, foi esta quinta-feira anunciado.
Em declarações à Lusa, o presidente da autarquia, Miguel Costa Gomes, o projecto tem uma dotação de 200 mil euros, assegurada em 85% pelos fundos comunitários, arcando o município com a fatia restante.
“O objetivo é ajudar a incluir aqueles que são os menos bafejados da vida, proporcionando-lhes melhores oportunidades”, referiu.
O autarca falava na assinatura do “acordo de consórcio” que vai ser responsável pela implementação do projecto.
Um consórcio que, além da câmara, envolve ainda o Centro Social Abel Varzim, Agrupamento de Centros de Saúde, GNR, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Agrupamento de Escolas de Barcelos, Instituto Politécnico do Cávado e Ave, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, Associação de Pais e Amigos de Crianças e as juntas de freguesia de Paradela, Gilmonde, Fornelos, Cristelo e Barqueiros.
A vereadora da Educação na Câmara de Barcelos, Armandina Saleiro, sublinhou que a aposta passa por capacitar e formar quem não tem a escolaridade básica e, por consequência, fica impossibilitada do acesso a um “trabalho digno”.
Armandina Saleiro disse que esta é a segunda edição de um projecto lançado há dois anos e que teve um impacto “muito importante” junto dos destinatários.
“Alguns já estão a trabalhar”, referiu, destacando que o projecto contribuiu essencialmente para “motivar para a escola” e combater o absentismo.
Nesta segunda edição, o projecto vai beneficiar cerca de uma centena de crianças e jovens.