REGIÃO

REGIÃO -

BE questiona Governo sobre alegado assédio moral no hospital de Viana do Castelo

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o Ministério da Saúde sobre o alegado assédio moral que foi denunciado por profissionais de saúde da Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM).

As perguntas, enviadas na quarta-feira pela deputada e coordenadora do partido, Catarina Martins, ao ministério tutelado por Manuel Pizarro, surgem na sequência da denúncia pública feita no início do mês de “ocorrência de assédio laboral e moral na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo”.

“Na sequência destes abusos praticados nesta unidade hospitalar surgiu um abaixo-assinado, subscrito por mais de 40 profissionais da unidade, onde, segundo a comunicação social, é descrito um ambiente de constante crispação, atemorização e, sobretudo, de abespinhamento dos enfermeiros de serviço, que está a ter reflexo na sua vida pessoal e profissional, o que, em última análise, compromete a qualidade dos serviços prestados aos utentes”, refere o requerimento do BE, enviado esta terça-feira à Lusa.

Segundo o documento do BE, os profissionais de saúde descrevem também que no presente momento não existem condições que permitam à equipa de enfermagem efectuar o seu trabalho com o brio e o denodo que sempre lhes foi reconhecido.

“INACEITÁVEL”

Os profissionais referem que “nos últimos oito anos já passaram quatro enfermeiros pelo cargo de gestor e saíram, tendo a enfermeira agora cessante permanecido no cargo menos de um ano, o que diz muito sobre o ambiente (…) vivenciado no serviço e que, no curto e/ou, médio prazo, vai irremediavelmente acabar por ter reflexos na prestação de cuidados aos doentes”.

“O Bloco de Esquerda considera que esta é uma situação inaceitável”, pelo que considera “fundamental haver uma intervenção urgente por parte da tutela e das entidades fiscalizadoras”, sublinha o requerimento.

No documento, assinado por Catarina Martins, o partido quer saber se o Governo tem conhecimento do caso e que medidas serão adoptadas para se apurar o sucedido.

O grupo parlamentar do BE questiona ainda se o Ministério da Saúde tem relato de situações similares na USLAM e se aquela unidade “dispõe de código de conduta para a prevenção e combate ao assédio no trabalho”.

INQUÉRITO

No início do mês, o presidente do conselho de administração da ULSAM, Franklim Ramos, revelou ter instaurado um inquérito para apurar “os conflitos” denunciados pelo grupo de profissionais da UCI através de abaixo-assinado.

Na altura, em declarações à agência Lusa, Franklim Ramos, adiantou que “o conselho de administração recebeu grande parte dos profissionais que subscreveram o abaixo-assinado (…) e ouviu o que tinham a dizer”.

“Aquilo que eu ouvi é matéria para abrir um processo de inquérito. Foi o que eu fiz. E por aqui me fico”, afirmou, escusando-se a especificar as razões que motivaram aquela tomada de posição.

O responsável admitiu ser “natural” que “existam conflitos nas estruturas”, mas sublinhou que a ULSAM “tem ao seu dispor normativos legais para resolver este tipo de situações” sem ter de “andar a discutir as coisas na praça pública”.

Disse ainda que, na reunião, os profissionais de saúde “exprimiram o descontentamento” e referiu estar a aguardar “com calma e tranquilidade” as conclusões do inquérito.

A ULSAM gere os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente de 231.488 habitantes nos 10 concelhos do distrito e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.