O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, através dos deputados Pedro Soares, Moisés Ferreira e Jorge Falcato, questionou, por escrito, o Ministério da Saúde sobre o encerramento temporário da extensão de saúde da Portela do Vade.
«Na génese desta preocupação encontra-se a eventualidade de a extensão de saúde vir a fechar para obras de requalificação; durante este período, a população terá que se deslocar até Vila Verde para aceder aos cuidados de saúde até então aqui prestados. Ora, Vila Verde fica a cerca de dez quilómetros de Atães, numa zona onde os transportes públicos são deficitários», dizem os bloquistas.
Na questão, os deputados acrescentam que «muitas das pessoas que recorrem a esta extensão de saúde são idosas, com poucos recursos financeiros e dificuldades de locomoção pelo que a distância de dez quilómetros se materializa num verdadeiro entrave ao acesso aos cuidados de saúde de que necessitam e aos quais têm direito».
«O Governo tem conhecimento da situação exposta? Quantos utentes estão inscritos na extensão de saúde da Portela do Vade? A extensão de saúde da Portela do Vade vai encerrar temporariamente?», questionam.
Em caso de resposta afirmativa à pergunta das obras, o Bloco de Esquerda quer saber quando se prevê o início, quais os melhoramentos previstos. quando se prevê que as obras estejam concluídas e se estão a ser equacionadas medidas, em articulação com o poder local, para assegurar o transporte dos utentes de Atães para Vila Verde.
O Bloco de Esquerda lembra que a extensão de saúde da Portela do Vade presta cuidados de saúde de proximidade à população residente nas freguesias da União do Vade, Aboim da Nóbrega e Gondomar e ainda alguns lugares de Barros.
AFASTADA HIPÓTESE DE ENCERRAMENTO DEFINITIVO
O presidente da Câmara de Vila Verde e o presidente da União de Freguesias do Vade já garantiram publicamente que nunca foi equacionado o encerramento definitivo da extensão de saúde, tal como “O Vilaverdense” noticiou.
Neste momento, estão ainda a estudadas alternativas para que os utentes não tenham que se deslocar a Vila Verde enquanto decorrem as obras de requalificação.
«A extensão de saúde não vai fechar, vai ter obras para oferecer melhores condições. Durante esse período, terá que funcionar num outro local. O problema é que os técnicos do Ministério da Saúde não autorizaram os espaços que indicámos, o gimnodesportivo ou a Casa do Povo», explicou, na semana passada, ao jornal “O Vilaverdense”, o autarca do Vade, Carlos Cação.
No caso de se confirmar a passagem provisória para Vila Verde, a Junta do Vade e a Câmara de Vila Verde já anunciaram que vão disponibilizar transporte gratuito aos utentes.