O Bloco de Esquerda (BE) quer o reconhecimento da optometria e da profissão de optometrista pelo Estado e que o acesso à profissão seja devidamente regulamentado. Esta foi a posição defendida por Alexandra Vieira, deputada bloquista, esta segunda-feira, na Escola de Ciências da Universidade do Minho.
A razão para esta necessidade de regulamentação da profissão é, segundo Alexandra Vieira, a “protecção da saúde dos cidadãos que recorrem aos serviços destes profissionais”.
“Atendendo ao número crescente de optometristas e ao aumento da procura dos serviços prestados por estes, a regulamentação da optometria é imperiosa para garantir a qualificação dos profissionais, a definição das competências, bem como para assegurar a qualidade dos serviços prestados”, referiu a deputada no final da visita que efectuou à UMinho, acompanhada pela dirigente local do BE, Sónia Ribeiro.
A visita às instalações dedicadas à formação em Optometria e Ciências da Visão foi realizada pelo director do curso de licenciatura, Jorge Manuel Jorge, pelo coordenador do Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental, José González-Méijome, e pelo presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria, Raúl Alberto Sousa.
No encontro, a parlamentar tomou nota do “forte investimento” da universidade minhota nesta área, nomeadamente para a instalação de um laboratório que, segundo os responsáveis académicos, “é dos mais avançados do país”, e para a criação de uma clínica universitária que “permitirá prestar serviços à comunidade escolar, pessoas carênciadas, IPSSs, juntas de freguesias e escolas”.
A visita, afirma Alexandra Vieira, permitiu ainda comprovar “a excelência da formação” ministrada na instituição, com o envolvimento de docentes e estudantes de pós-graduação em projectos de investigação internacionais na área da miopia, em que a UMinho é coordenadora desses grupos, e no desenvolvimento de novas técnicas e instrumentos.
O Departamento de Física lecciona optometria desde 1989 e já formou mais de 1200 licenciados, 250 mestres e 30 doutores. Anualmente, são disponibilizadas 60 vagas para o concurso nacional de acesso, estando a frequentar a licenciatura 150 estudantes, 48 o mestrado e 30 o doutoramento.