A Proteção Civil registou este sábado, entre a meia noite e as 10h00, um total de 207 ocorrências associadas à passagem da depressão Martinho em Portugal continental, que ocorreram sobretudo na Área Metropolitana do Porto, Grande Lisboa e Coimbra.
“Uma grande parte destas ocorrências estão relacionadas com o vento, portanto queda de árvores, queda de estruturas e limpeza de vias”, adiantou à Lusa o oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) Elísio Pereira.
Estas 207 ocorrências não incluem a cidade de Lisboa, uma vez que o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa não reporta os dados à ANEPC. A Lusa tentou informação junto do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, mas esse balanço foi remetido para mais tarde, por estar a verificar “muitas ocorrências”.
De acordo com os dados da ANEPC, entre a meia noite e as 10h00 deste sábado, as regiões mais afetadas pelas condições atmosféricas adversas durante este período foram a Área Metropolitana do Porto, com 39 ocorrências, seguindo-se a Grande Lisboa, com 33, e Coimbra, com 27.
Relativamente à tipologia das ocorrências, a maioria tem a ver com queda de árvores, com 112 situações, e queda de estruturas, com 49, verificando-se ainda 24 situações de deslizamento de terras e 11 limpeza de vias, indicou Elísio Pereira. Segundo o oficial de operações da ANEPC, não há registo de feridos, nem danos materiais significativos.
Na sexta-feira, entre a meia noite e as 23h59, a ANEPC registou 1.038 ocorrências em Portugal continental, a que se juntam 235 situações registadas pelo Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, perfazendo um total de mais de 1.200.
Entre quarta-feira e quinta-feira, os dois dias mais intensos quanto à passagem da depressão Martinho, a ANEPC contabilizou um total de 8.600 ocorrências em Portugal continental.
A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.
Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.
Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.
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