Uma maçã singular, não muito doce e rica em antioxidantes. A maçã “porta da loja” está presente em muitas quintas e muitas histórias de famílias minhotas. Esta tarde, a Festa das Colheitas dedicou um showcooking a este produto original da região.
O chef Rodolfo Meléndez e três alunos finalistas do curso de Cozinha da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) confecionaram e deram a provar três pratos que deixam a maçã brilhar.
«Começámos com uma proposta para pequeno almoço ou lanche, uma panqueca de maçã porta da loja, cozida ou assada, com aveia», apresentou o chef. De seguida, uma sugestão para sobremesa, uma releitura do tradicional leite creme. «Uma mistura do leite creme com a maçã, menos doce, dá um contraste no sabor», explicou.
Por fim, uma sugestão salgada, com a particularidade de incluir uma técnica internacional, o chutney. Este é «uma espécie de compota, mas agridoce, pelo que esta maçã é ideal», apontou Rodolfo Meléndez. Este chutney acompanhou um frango salteado.
Pelo sabor particular, este menu foi «um desafio», mas «bem conseguido», disse o chef.
A presidente da Câmara, Júlia Fernandes, elogiou o sabor do produto, bem como a sua componente na história minhota. «É a rainha da nossa Festa das Colheitas», referiu.
O showcooking permitiu «perceber que com esta maçã se podem fazer coisas maravilhosas, já que é importante defender os nossos produtos», sublinhou a autarca.
A ORIGEM DO NOME
Para falar da origem do nome, esteve presente Manuel Fernandes, da Escola Agrária de Ponte de Lima. Segundo o mesmo, nas casas antigas, «na porta da loja havia umas gateiras que permitiam a passagem do frio». Nesse local, conservavam-se batatas, cebolas e maçãs numas barras de madeira.
«Posto isto, quando o senhorio, ou o pai, queria uma maçã, pedia: “vai buscar uma maçã que está atrás da porta da loja”», contou. «No meu entender, o nome desta maçã vem daí», apontou.