Dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa e uma mulher, que geria um espaço de prostituição na zona do Chiado, na capital, foram esta quinta-feira detidos pela PSP. As detenções aconteceram no âmbito da investigação a uma rede de prostituição forçada.
Segundo a investigação, os dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa deslocavam-se ao local, muitas vezes fardados, para exercer algum tipo de pressão e intimidação junto das vítimas, para que colaborassem.
Numa nota divulgada esta quinta-feira, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP referiu que, além das três pessoas detidas, outras duas firam constituídas arguidas no âmbito deste caso, relativo aos crimes de tráfico de seres humanos e lenocínio agravado.
A força de segurança indicou que os detidos têm idades entre os 40 e 45 anos.
De acordo com o comunicado, a investigação decorre “há cerca de um ano e meio” e permitiu identificar uma estrutura que “explorava mulheres para a prostituição, submetendo-as a condições degradantes e desumanas, obrigando-as a trabalhar de forma quase permanente, limitando a sua liberdade e autodeterminação”.
Nesta estrutura, a mulher que geria o negócio “contava com diversos colaboradores”, quer no espaço utilizado para a prostituição, quer como rede de apoio.
Na quarta-feira foram realizadas buscas domiciliárias, na zona da Grande Lisboa e no Algarve, que tinham como objetivo recolher indícios da pratica dos crimes.
Segundo a PSP, foram realizadas sete buscas domiciliárias – seis às residências dos suspeitos e uma ao local utilizado para a prática da prostituição – e foram cumpridas ainda buscas na Polícia Municipal de Lisboa, local de trabalho dos dois profissionais investigados.