A associação intermunicipal do Eixo Atlântico Galiza/Norte de Portugal pediu, hoje, em missiva enviada à ministra espanhola dos transportes, Raquel Sánchez Jiménez, o arranque da obra de construção da linha ferroviária de alta velocidade no troço entre o Porriño e a fronteira portuguesa.
A carta, assinada pela presidente do Eixo e autarca de Lugo, Lara Méndez, e pelo vice-presidente, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, refere que “esta é uma das reivindicações prioritárias das duas regiões, desde que, há mais de uma década, o governo espanhol de então cancelou os processos já aprovados entre Vigo e a fronteira portuguesa”.
O Eixo anota que já foi aberto concurso para o estudo da linha, mas assinala que “não está licitado todo o percurso, mas apenas a primeira fase, uma vez que não englobou a segunda fase Porriño-Tui, situação que nos preocupa uma vez que o atraso poderá pôr em risco o objetivo, que partilhamos com o governo português, de que exista uma linha de alta velocidade entre Ferrol-Corunha e Lisboa”.
E acrescenta: “Por isso, solicitamos informação sobre a previsão do seu ministério para licitar o estudo informativo prévio do troço que falta, na confiança de que o procedimento se abra brevemente”.
MAIS INFORMAÇÃO
Os dirigentes do Eixo aproveitam para solicitar informação sobre o troço Ferrol-Betanzos-Corunha, que entendem ser “da maior importância para ligar os dois portos de águas profundas da Galiza e cidades da relevância da Corunha e Ferrol, com a rede europeia através de Lugo, mas também para completar a ligação que no seu dia foi aprovada pelo governo espanhol e que ainda se denomina «Ferrol – fronteira portuguesa», sem que o troço Ferrol-Corunha tenha tido algum movimento em mais de uma década”.
Este troço em território galego – acentua o organismo – “é imprescindível para estruturar as comunicações ferroviárias da Galiza com o resto da Península e com a Europa”.