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Eurodeputada Isabel Carvalhais defende no PE que seca e guerra justificam mais apoio aos agricultores portugueses

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Isabel Estrada Carvalhais sustenta que a seca e a guerra na Ucrânia justificam medidas de excepção de apoio aos agricultores portugueses, tal como no período da pandemia.

Falando na última reunião da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, a eurodeputada socialista considerou as sanções europeias à Rússia um “imperativo ético inquestionável”, que geram, contudo, consequências também para a Europa com as quais “a UE deve procurar responder”.

A crise na Ucrânia exerce uma pressão acrescida sobre os preços de diversos factores de produção, como os fertilizantes e a alimentação animal, por isso, Isabel Estrada Carvalhais sustenta que “temos de ter no imediato mecanismos que protejam os sectores agrícolas mais expostos e que garantam a disponibilidade de alimentos acessíveis às nossas populações”.

Neste sentido, as medidas já tomadas pela Comissão Europeia são um passo, mas em seu entender “insuficientes”, considerando que a situação exige uma monitorização atenta para implementação de medidas adicionais a nível europeu.

Por outro lado, reafirmou que a guerra não pode ser pretexto para adiar ou abandonar “os objectivos a longo prazo no âmbito da estratégia do Prado ao Prato, sobretudo no que toca à redução das perdas de nutrientes e ao uso de fertilizantes”. Ressalvou ainda que é na capacidade de cumprimento destes objectivos que residirá, em boa parte, a chave para uma verdadeira autonomia estratégica futura da União.

A SECA

Carvalhais cita a conjugação de dois factores com impacto sobre os sistemas produtivos agro-alimentares, quando associa as consequências da guerra ao problema da seca que penaliza o território português.

 “A seca em Portugal foi uma constante durante todo o Inverno, e em Fevereiro era de tal forma dramática que praticamente todo o território estava em situação de seca, com 60% em seca severa ou extrema”, referiu. Apesar das chuvas recentes, estas foram insuficientes para repor os níveis das ribeiras, das barragens e dos lençóis freáticos. E neste particular, Isabel Carvalhais realça que a escassas semanas do início do Verão, o cenário não é nada tranquilizador”.

Este factor provocou um forte impacto sobre a produção agrícola, em particular sobre as culturas de sequeiro tradicionais e sobre a produção de forragens e as pastagens, o que por sua vez “afectou a produção de leite e de carne, ao mesmo tempo que aumentaram os custos dos agricultores na aquisição de alimento para os animais”.

Carvalhais sublinhou ainda que “as alterações climáticas impõem ao nosso território um planeamento estruturante do futuro, em que a gestão hídrica será determinante”, desafio que considera estar “nas preocupações centrais do Governo português e da sua acção política”.

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