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Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (94). A Imagem Peregrina, número treze, na Ucrânia

Crónica de Salvador de Sousa

O tema das minhas últimas crónicas tem sido relatar as viagens pelo mundo da Imagem Peregrina, nos anos 40 do século passado, e, como temos vindo a verificar, essas peregrinações foram sempre envolvidas de extraordinárias manifestações de fé a Nossa Senhora de Fátima, num período em que o conflito mundial arrasou muitas cidades, massacrando um número sem fim de pessoas, destruindo vidas e património de valor incalculável. Em todos os locais que a Imagem passava respirava-se um ambiente de fé, de entrega e de muita emoção, assistindo-se, ainda, a fenómenos que a nossa razão não consegue atingir.

A Ucrânia quis acolher o Ícone que leva consigo aquela Divina Senhora que, em 1917, apareceu a três criancinhas, revelando a mensagem da paz, do perdão e do amor, referindo-se à Rússia como esperança de conversão, tendo a Irmã Lúcia, em 1940, escrito uma carta a Pio XII para que fosse atendido o pedido de Nossa Senhora, reforçado à vidente nas aparições posteriores na Galiza, para que fosse proclamada a devoção ao Imaculado Coração de Maria e que o mundo fosse a Si consagrado, especialmente a Rússia. Esse pedido foi atendido e a Maria Santíssima tem sido pedida a Sua proteção do mundo ao longo dos tempos.

Por exemplo, no dia 25 de março de 1984, o Papa São João Paulo II presidiu à consagração do mundo ao Coração de Maria em frente da Imagem da Capelinha das Aparições que foi levada, propositadamente, ao Vaticano, tendo, mais tarde, em 2000, convidado os bispos de todo o mundo para assistirem à consagração do novo milénio à Senhora de Coração Maternal.

O Papa Francisco continua, neste momento, a confiar o mundo à nossa Mãe do Céu, pedindo pela paz na Ucrânia, colocando no Coração Imaculado de Maria as duas nações em conflito, convidando o clero de todo o mundo a partilhar com ele a consagração desses países, orando, constantemente, pela paz, pondo a esperança em Jesus que disse: «pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á; . Pois, quem pede recebe; quem procura encontra e ao que bate abrir-se-á…» (Mateus 7:7-8).

Na aparição de dia 13 de Julho de 1917, Nossa Senhora, em Fátima, disse aos pastorinhos: «Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados.»

Foi, com certeza, com toda essa fé que o Arcebispo Metropolitano Greco-Católico de Lviv solicitou o envio da Imagem: «Pedimos que nos possam enviar a Imagem da Virgem Peregrina de Fátima para a Ucrânia para que possamos rezar, pedindo proteção e que a paz regresse ao país…»

Nossa Senhora de Fátima, incute na mente desse incompreensível ser humano que invade um país sem qualquer razão, massacrando aquele povo inocente, já sem lágrimas para brotar, um arrependimento, vendo, nas suas atitudes, ações inqualificáveis e horrorosas; um país banhado em sangue;  crianças retiradas, incompreensivelmente, deste mundo e, as que resistem, separadas, amargamente, dos seus progenitores; famílias sem teto para viverem destronadas pela guerra, famílias espalhadas pelo mundo à procura de abrigo e de tantas necessidades que perderam sem razão…

Nossa Senhora de Fátima, como é possível, neste século, haver um homem com tanta irracionalidade que tem o seu povo refém dos seus terríveis ideais; que está a causar a morte de tantos jovens que, tenho a certeza, andavam a lutar contra a sua própria vontade; que está a causar o desassossego dos povos de todo o mundo, a destruição de um país maravilhoso e também a causar o caos económico ao seu próprio povo que é obrigado a sujeitar-se!…

 

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