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Loureira escreve ao Presidente da República para reivindicar variante à EN 101 em Vila Verde

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A Junta de Freguesia da Loureira entregou, este domingo, duas cartas a reivindicar a construção de uma variante à Estrada Nacional 101 em Vila Verde, num gesto que espera poder sensibilizar o Presidente da República.

As missivas foram entregues pelo autarca Fernando Ferreira à Ministra Alexandra Leitão, que participou no Congresso Nacional da Associação Nacional de Freguesias, realizado em Braga, em substituição do Primeiro-Ministro, António Costa.

No documento, que é subscrito por outros presidentes de Junta do concelho de Vila Verde, é lembrado que a construção da variante é uma luta antiga e que se trata de uma necessidade, embora nunca tenha saído do papel.

“O concelho de Vila Verde enfrenta uma situação absolutamente insustentável devido ao bloqueio em que se encontra ao nível das infraestruturas rodoviárias, designadamente devido ao estrangulamento diário e permanente que se verifica na EN 101”, pode ler-se.

Os subscritores apelam, por isso, à intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para que este anseio seja cumprido e Vila Verde tenha uma alternativa à congestionada EN 101.

“Porque a situação se torna já intolerável e porque sabemos que cada vez mais movimentos populares estão a reclamar e a propor manifestações de revolta, decidimos apelar à melhor intervenção de Vª Ex.cia para ajudar à concretização desta variante à EN 101 em Vila Verde”, sublinham.

Carta na íntegra:

“Variante à EN 101 em Vila Verde

Carta de apelo de presidentes de Junta

Ex.mo Senhor Presidente da República,

O concelho de Vila Verde enfrenta uma situação absolutamente insustentável devido ao bloqueio em que se encontra ao nível das infraestruturas rodoviárias, designadamente devido ao estrangulamento diário e permanente que se verifica na EN 101.

A construção da Variante à EN101 que atravessa o centro da vila-sede do concelho de Vila Verde é uma causa assumida como prioritária há mais de 30 anos pela população e pelas instituições deste concelho, assim como autoridades e instituições tutelares da área das infraestruturas do Estado.

Contudo, as ações desenvolvidas em favor desta obra nunca tiveram qualquer resultado, apesar de ser uma emergência de absoluta necessidade para o concelho de Vila Verde e para um vasto território do interior Minho, onde assume um forte impacto social e económico.

Esta EN atravessa o concelho de Vila Verde de Norte a Sul, constitui a principal via de ligação entre a cidade de Braga, a sede do concelho e o Alto-Minho, passando pelos concelhos da Ponte da Barca, Arcos de Valdevez até ao concelho de Monção.

A acessibilidade à sede do concelho de Vila Verde e à zona Norte estão fortemente condicionadas pelas caraterísticas desta via, que se encontra congestionada pelo volume excessivo de tráfego e pelas características do território atravessado que a tornam numa via urbana.

Esta situação cria filas de espera com demoras excessivas e provoca insegurança, não só para os automobilistas, mas também para os peões. É igualmente o maior entrave ao crescimento e desenvolvimento económico, como publicamente reconhecem as empresas instaladas e as empresas que têm manifestado interesse em instalar-se nesta região.

Acresce ainda a esta situação o congestionamento da EN 201, que atravessa o concelho pela área oeste e com ligação entre Braga e o concelho de Ponte de Lima, assim como a área leste do concelho de Barcelos, com passagem pela ponte românica da Vila de Prado onde o tráfego é alternado e regulado por semáforos.

Face ao estrangulamento da EN101, o Município tem investido em criar alternativas ao percurso principal através da melhoria de estradas municipais, mas que funciona apenas como escapatória e que não deixa ser uma opção fragilizada pelos traçados sinuosos e por atravessarem loteamentos e urbanizações das nossas freguesias.

Já em junho de 2011 e de acordo com o Estudo de Avaliação da Rede Rodoviária do Alto Minho, da responsabilidade do InIR, apresenta-se como sendo fundamental e urgente uma intervenção profunda na EN 101 no traçado que atravessa o concelho de Vila Verde, fundamentalmente, entre o norte da sede de concelho e a cidade de Braga.

De acordo com o mesmo estudo, trata-se de uma via, no troço respeitante Vila Verde-Braga, com um nível de utilização elevado, ou seja, volumes de tráfego identificados a atingir os 20.000 veículos dia “acolhidos debilmente pela infraestrutura existente, facto que se reflete nos níveis de serviço estimado D e E.” O mesmo estudo apresentava duas soluções possíveis para esta problemática, sendo que o Município de Vila Verde, em julho de 2010, aprovou por unanimidade o Cenário 2 – construção de um conjunto de variantes entre Ponte da Barca e Braga.

Em diversas tomadas de posições públicas dos órgãos executivos e deliberativos do Município de Vila Verde – incluindo moções e deliberações aprovadas por unanimidade pelo Executivo Camarário e pela Assembleia Municipal – e em várias missivas sem qualquer resposta dirigidas aos senhores primeiros-ministros, ministros da tutela e aos diretores executivos das Infraestruturas de Portugal, o Município de Vila Verde e as Juntas das freguesias abrangidas procuraram sensibilizar para esta necessidade premente, sob pena do desenvolvimento do Concelho de Vila Verde e o aumento do bem estar da sua população serem colocados em sério risco.

Contudo, os sucessivos Orçamentos do Estado e planos de investimento em infraestruturas – incluindo o mais recente PRR – têm continuamente desvalorizado a construção desta variante, o que coloca Vila Verde numa situação de exceção, uma vez que se trata de um município com mais de 46 mil habitantes e que é caso único no país um município da sua dimensão continuar sem uma variante ao núcleo urbano.

Porque a situação se torna já intolerável e porque sabemos que cada vez mais movimentos populares estão a reclamar e a propor manifestações de revolta, decidimos apelar à melhor intervenção de Vª Ex.cia para ajudar à concretização desta variante à EN 101 em Vila Verde.

Esta variante contribuirá de forma decisiva para o fim dos engarrafamentos diários e para o estrangulamento da circulação automóvel, nos dois sentidos de trânsito, desde o limite sul do concelho ao centro urbano de Vila Verde, sobretudo em horas de ponta, em que enfrentamos um autêntico calvário. Irá igualmente promover o aumento da competitividade das empresas, valorizar o tecido empresarial e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e da população Vilaverdense em geral.

Desde já gratos pela melhor atenção dispensada este assunto, subscrevemo-nos com estima.

2022/03/11

Os Presidentes de Junta”

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