É um imbróglio sem fim à vista. Os moradores do loteamento de Pousada, na Loureira, queixam-se da passividade das autoridades face à existência de um silvado e matagal que crescem desenfreadamente num lote de terreno ao lado de habitações.
«Aquilo é uma vergonha e já estou farto de alertar a junta e a câmara e, até agora, nada», refere Francisco Ramos, um dos moradores, que relata ainda a existência de «ratos, cobras e outros bichos». Na sua ótica, «é um perigo para a segurança de quem mora nas habitações vizinhas e um risco para a saúde pública».
AUTORIDADES DE ‘MÃOS ATADAS’
Instado a comentar a situação, o presidente da junta da Loureira, Fernando Ferreira, diz que já procurou «por todos os meios encontrar uma solução. O caso está entregue ao departamento jurídico da câmara municipal, que está a tentar encontrar o proprietário para proceder à notificação», avança.
Contudo, o autarca revela «não está a ser nada fácil, por duas razões: «não podemos lá entrar e cortar, e – apesar dos esforços para encontrar o(s) proprietário(s) – viemos a saber que o lote estará numa insolvência».
Com tudo isto, o caso poderá tomar outros contornos e Fernando Ferreira admite que fará «o que o departamento jurídico da câmara vier a apurar e a determinar».
Mostra-se, no entanto, «solidário com os moradores. Eu compreendo e tenho desenvolvido todos os esforços, mas espero que saibam que me sinto de “mãos atadas”».
Fonte da autarquia acrescenta que, após análise do departamento jurídico, deverá avançar uma ação de limpeza «e os custos serão imputados (se assim for o caso) à massa insolvente».
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