O candidato presidencial Marques Mendes considerou esta terça-feira que a previsão do Conselho das Finanças Públicas (CFP) de défice para o próximo ano é “uma chamada de atenção” aos partidos, que não devem fazer propostas irrealistas.
Na Covilhã, onde participou na Universidade da Beira Interior numa conferência sobre ‘Os jovens e o interior’, Luís Marques Mendes alertou que, num tempo de crise comercial e económica internacional, que “também vai chegar a Portugal”, as pessoas “querem estabilidade”.
Marques Mendes afirmou que “não se pode andar a fazer propostas irrealistas, sob pena de depois se prometer uma coisa e não se conseguir realizar”.
“O clima económico internacional, por causa do Presidente Trump, é muito instável, é muito incerto e, portanto, não é tempo para entrar em aventuras”, alertou o candidato presidencial, que disse não estar a pensar em concreto em nenhuma das medidas anunciadas.
O CFP prevê um saldo orçamental nulo para este ano e um regresso aos défices em 2026, devido a medidas de aumento da despesa pública, segundo as previsões divulgadas na quinta-feira, num cenário em políticas invariantes.
Marques Mendes frisou que “os partidos devem ter cuidado com as suas propostas” e referiu que tratar esse aspeto nos debates eleitorais “seria útil para o país”.
Segundo o candidato a Presidente da República, os eleitores vão “participar bastante” nas eleições legislativas de 18 de março e o sentido de voto vai assentar no desejo de estabilidade.
“Aquilo que vai levar mais as pessoas a votar no dia 18 é a estabilidade, o desejo de estabilidade, a vontade de estabilidade, o medo que as pessoas têm de que possa haver umas novas eleições daqui a um ano. Eu espero que sim, que as pessoas compreendam que o país precisa de estabilidade e que não podem andar a fazer eleições de ano a ano”, reforçou Marques Mendes.
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