Faleceu, esta sexta-feira, o actor bracarense Orlando Costa, com 73 anos, que se tornou uma cara conhecida do grande público português ao protagonizar a carismática série policial “Zé Gato”, exibida na viragem da década de 1970.
Ao longo de uma carreira de 50 anos que se dividiu entre o teatro, a televisão e algum cinema, Orlando Costa faleceu em casa e a sua morte foi confirmada à Agência Lusa por uma fonte da Casa do Artista.
Nascido em Braga em 1948, inscreveu-se no final dos anos 1960 no Conservatório, mas não acabou o curso. Tinha feito teatro amador e estreou-se profissionalmente em 1969, em Um Chapéu de Palha de Itália, peça de Eugène Labiche.
Em “Zé Gato”, que ajudou a lançar o segundo canal da televisão pública, hoje conhecido como RTP2, como uma marca com programação própria, Orlando Costa encarnava o polícia duro e incorruptível, lisboeta, e munido do bigode muito típico da época, que dava o nome à série realizada por Rogério Ceitil.
Exibida entre 1979 e 1980, esta série teve 13 episódios.
Tinha-se estreado na televisão na rubrica teatro filmado, em Vida do Grande D. Quixote, de António José da Silva, corria o ano de 1971. Nos filmes, começou em 1975, com O Funeral do Patrão, de Eduardo Geada, com quem também fez, três anos depois, A Santa Aliança.
Na televisão, e já depois de “Zé Gato”, fez séries como Polícias, Esquadra de Polícia, Ballet Rose, Capitão Roby, O Fura-Vidas, Conta-me Como Foi, Os Boys ou Velhos Amigos.
Trabalhou em todos os canais generalistas portugueses e integrou o elenco de inúmeras telenovelas, como Todo o Tempo do Mundo, Olhos de Água, Ninguém Como Tu, Dei-te Quase Tudo, Doce Tentação, Destinos Cruzados, Os Nossos Dias ou A Única Mulher.
Paralelamente, Orlando Costa escreveu canções para espetáculos e colaborou em álbuns de Júlio Pereira, Fausto e Sérgio Godinho.