O novo site das finanças tem causado complicações para o trabalho dos funcionários, sendo que o sindicato refere que a mudança no “backoffice” gerou uma situação de «quase obstrução».
De acordo com os registos recolhidos, vários trabalhadores viram-se impedidos de abrir diversas aplicações de consulta essenciais para inspecções, bem como de fazer cobranças ou emitir guias para IMT.
Em resposta à situação, a Autoridade Tributária (AT) refere que os problemas registados desde a última segunda-feira na plataforma informática utilizada pelos trabalhadores do fisco «estão na sua maioria superados» e assegura que a actualização não teve impacto no acesso dos contribuintes ao Portal das Finanças.
Na origem do problema, a Autoridade explica que este se deve a uma actualização do sistema informático de trabalho, na plataforma interna usada pelos trabalhadores do fisco, de forma «a acompanhar as melhores práticas quanto à protecção de dados».
«Em face desta actualização, conjugada com outras migrações tecnológicas, houve constrangimentos temporários no acesso e na utilização de algumas daquelas aplicações internas por parte dos trabalhadores da AT, que estão na sua esmagadora maioria superados», explica a entidade.
Dessa forma, o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exige uma solução informática alternativa, perante o que considera ser uma grande barreira para o trabalho e recorda que os trabalhadores do fisco «já estão obrigados ao sigilo e que, em pontuais situações em que haja fuga de informações, é possível recorrer já aos registos de acesso».
Para além disso, acrescenta o STI que as mudanças têm comprometido «tarefas mais complexas com impacto para a garantia dos clientes», dando o exemplo do recurso a planos prestacionais em processos executivos ou na apresentação de reclamações graciosas, «que terão ficado comprometidas».
