VILA VERDE

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O ciclo do linho mostra-se na Festa das Colheitas: da sementeira aos Lenços dos Namorados

Conhece a origem dos panos que dão corpo aos emblemáticos Lenços dos Namorados? Na Festa das Colheitas de Vila Verde, o Museu do Linho e do Mundo Rural, de Marrancos, apresenta todo o ciclo do linho, da sementeira ao pano.

Como explica Abílio Ferreira, responsável do Museu do Linho, esta mostra apresenta «o ciclo do linho completo e tradicional».

Este é um material de requinte, «muito trabalhoso», aponta o responsável. «Não havia máquinas, era tudo feito manual e, para vestir, não havia outro recurso, só lã e linho», acrescenta.

O processo é, também, longo e cuidadoso: «semear, arrancar, ripar, pôr de molho, espadelar, acedar, fiar, pôr a corar», enumera Abílio Ferreira. Depois, é colocado no tear.

A partir desse passo, forma-se um pano «que dura muito», garante o responsável. Desde vestimentas, a mantos, até aos Lenços dos Namorados, esta é uma marca minhota.

VER COMO SE FAZ

Em colaboração com o Museu do Linho, está a Aliança Artesanal, na pessoa do mestre artesão Fernando Rei. Conhecedor profundo desta arte, produz malas e outros elementos neste material para diversas marcas.

Agora, está a apresentar uma formação que decorre na Aliança Artesanal sobre a tecelagem do linho.

O artesão explica que a formação tem «150 horas e são 16 formandos». Três deles estão presentes na banca do Museu do Linho.

«Vão estar aqui os cinco dias a exemplificar», aponta Fernando Rei. «A ideia é que os visitantes vejam como se faz, mas que também ponham a mão na massa e experimentem», termina.

Assim, até domingo, é possível conhecer e experimentar o ciclo completo e tradicional do linho, na Festa das Colheitas de Vila Verde.

No recinto do certame, a manhã contou também com a presença de diversas crianças e jovens que participaram nos diversos ateliês que constam da programação.

           

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