OPINIÃO

OPINIÃO -

O Papel da Sociedade na Emergência Hospitalar

Falar neste tema é para mim enquanto Enfermeira uma urgência, mas é-o muito mais enquanto mãe.

Todos nós vivemos co-dependentes uns dos outros, viver em sociedade é isso mesmo, as nossas ações podem influenciar a vida de outros, positiva ou negativamente. E quando transpomos esta influência para situações de emergência hospitalar, é crucial que cada um de nós seja consciente, cívico e empático, com a urgência do outro.

Ninguém quer uma pulseira hospitalar vermelha no pulso, mas existem situações em que cada minuto conta, e é emergente a chegada ao hospital.

Falo por experiência própria. Falo-vos como mãe de um menino, que por ter doença crónica, com crises de aparecimento súbito e prolongadas, tem que recorrer várias vezes á urgência do Hospital de Braga.

Nem sempre a VMER está disponível para nos auxiliar, e o caminho de casa ao hospital torna-se num tormento de ansiedade. Apesar de sinalizarmos a marcha de urgência com os quatro piscas ligados e a buzinar incessantemente, já nos bloquearam a passagem, insultaram-nos verbalmente, fizeram sinais obscenos. Tudo isto enquanto transporto o meu filho sem reação, numa corrida contra o tempo.

Esta é a minha experiência, mas é com certeza, a experiência de outros pais.

Se cada um de nós se colocar no lugar do outro, facilmente percebemos que em gestos simples (como encostar o carro, ceder a passagem) estámos a ajudar imenso.

Este é o objetivo deste artigo de opinião, SENSIBILIZAR!

Falem sobre o assunto, nos vossos locais de trabalho, na vossa casa, com os vossos amigos, e estão a mudar mentalidades, atitudes e seremos uma melhor sociedade para todos.

Bem hajam!

Cecília Maria Oliveira da Silva (Cecília Silva)

Enfermeira da USF Prado, ULS Braga

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