Três pessoas foram detidas e mais de 1.500 animais fiscalizados no âmbito da operação “Thunder 2021”, realizada em Portugal durante o mês de Outubro, com acções de investigação e de fiscalização para combater o comércio ilegal de vida selvagem e os crimes conexos praticados, especialmente sobre a fauna e flora.
A coordenação nacional desta operação incentivada pela Interpol coube à GNR e à Autoridade Tributária e Aduaneira, em estreita colaboração com a PSP, Polícia Judiciária, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e ASAE.
Estas entidades desenvolveram diversas acções especialmente no âmbito da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção, também conhecida como Convenção de Washington ou CITES, da qual mais de 180 países aderiram e cujo objectivo é o de assegurar que o comércio de animais e plantas não coloque em risco a sua sobrevivência no estado selvagem.
No âmbito desta operação foram realizadas em Portugal mais de duas dezenas de acções de investigação e/ou fiscalização, que permitiram fiscalizar 1.516 animais, aplicar 28 autos de contra-ordenação, nove autos de notícia e efectuar três detenções.
Foram apreendidos os seguintes espécimes e espécies:
- 1.549 aves, destacando-se 136 pintassilgos (“Carduelis carduelis”), 95 bicos-de-lacre (“Estrilda astrild”), 35 tecelões de cabeça amarela (“Ploceus megarhynchus”), três catatuas-de-crista-amarela (“Cacatua sulphurea”), 20 pardais-de-Java (“Lonchura oryzivora”), 15 tentilhões (“Fringilla coelebs”), entre outras dezenas de espécimes;
- Quatro cavalos-marinhos (“Hippocampus”);
- Três crânios de crocodilos (“Crocodylus niloticus” e “Crocodylus siamensis”);
- Quatro corais brancos (“Acropora”);
- Uma concha rainha (“Strombus gigas”);
- Duas mandíbulas de raia-viola (“Rhynchobatus djiddensis”);
- Uma iguana (“Iguana iguana”);
- 100 cactos (“Echinocactus grusonii”);
- 100 plantas de Jade (“Crassula ovata”).