O Vaticano anuncia, esta quinta-feira, que o Papa aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” da Irmã Lúcia, vidente de Fátima. É, assim, proclamada beata Lúcia, a penúltima etapa para a declaração da santidade.
Dado este passo, para chegar a santa, falta a aprovação de um milagre atribuído à intercessão da religiosa.
Recorde-se que, em outubro de 2022 foi entregue, no Vaticano, o documento sobre as virtudes heroicas da Irmã Lúcia: “Positio Super Vita, Virtutibus et Fama Sanctitatis”, que assinala a vida, virtudes e fama de santidade.
Estiveram presentes o cardeal Marcello Semeraro, o postulador geral da causa de canonização, padre Marco Chiesa, a vice-postuladora, irmã Ângela de Fátima Coelho, o relator, monsenhor Maurizio Tagliaferri, e a irmã Filipa Pereira, colaboradora da causa.
O documento foi analisado por nove teólogos, que emitiram o seu parecer favorável relativamente à prática das «virtudes em grau heroico».
A luz verde do Dicastério para as Causas dos Santos foi apresentado ao Papa, que aprovou a publicação do decreto, passando a Irmã Lúcia a ser designada como venerável. Para a beatificação, é necessária a aprovação de um milagre atribuído à intercessão da vidente de Fátima.
Lúcia Rosa dos Santos, a Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, morreu a 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade, depois de várias décadas vividas em clausura no Carmelo de Coimbra.
A fase diocesana do processo de beatificação e canonização da religiosa terminou nesse dia. O processo contou com a análise de mihares de cartas e textos, bem como o testemunho de 61 pessoas.
O processo teve início em 2008, sendo que o Papa Bento XVI dispensou o período de espera de cinco anos, determinado pelo Direito Canónico. Francisco e Jacinta Marto, os outros dois videntes de Fátima, foram canonizados pelo Papa Francisco, na Cova da Iria, a 13 de maio de 2017.
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