POLÉMICA COM A ROTUNDA DA LOUREIRA

POLÉMICA COM A ROTUNDA DA LOUREIRA -

PS acusa Rui Silva de mentir e desvirtuar factos

O PS de Vila Verde acusa o deputado do PSD Rui Silva, «que há mais de dois anos que foi eleito e nunca falou na Assembleia da República», de «mentir e desvirtuar factos» quando questionou o Ministro do Planeamento e Infraestruturas, esta quarta-feira, sobre o atraso na construção de uma rotunda na Loureira.

«Como não tinha mais nada para dizer, resolveu insinuar que um membro da bancada do PS na Assembleia Municipal de Vila Verde se teria disponibilizado para meter uma “cunha” ao Governo para que a obra da Rotunda da Loureira pudesse avançar mais rapidamente», diz o PS, num comunicado intitulado “O deputado mudo… falou!”.

Segundo os socialistas, «o deputado deturpou conscientemente a verdade, já que ninguém propôs nem falou em “cunhas”, que é uma prática conhecida e reiterada do PSD de Vila Verde».

As palavras de Martinho Gonçalves na Assembleia Municipal eram «tão só uma manifestação de disponibilidade» do PS para colaborar com a freguesia da Loureira no sentido de «continuar a reivindicação junto do Governo e, em especial, junto das Infraestruturas de Portugal, no sentido de acelerar o início da realização da obra já prometida para o princípio do mês de Abril».

«Ou seja, o PSD, pela voz do seu presidente da Comissão Política Concelhia, entende que uma disponibilidade do partido da oposição no seu concelho para também ajudar a resolver um problema de todos os vilaverdenses representa o recurso à prática que o PSD sabe melhor fazer: usar a “cunha” para conseguir obter resultados para os seus amigos e militantes», aponta.

Segundo a Concelhia socialista, liderada pelo vereador José Morais, Rui Silva «confunde reivindicar junto do Governo uma obra tão importante com uma “cunha” junto do Governo de Portugal».

«Confunde o exercício da política naquilo que de a política melhor tem – a reivindicação pública junto do poder instituído das obras indispensáveis para uma comunidade – com um mero negócio de influências, onde o mais forte ou o mais amigo dos governantes pode combinar investimentos ou negócios para servir alguns em detrimento de muitos», acusa.

No comunicado, o PS diz que «é muito estranha e pobre esta visão do exercício da política deste deputado e presidente da concelhia do PSD, ainda mais porque ao contrário de si mesmo, Martinho Gonçalves foi o deputado de Vila Verde que mais trabalhou e conseguiu investimentos governativos» no concelho.

«Para terminar, recordamos as suspeitas de cometimento de crimes graves que conferiram ao deputado e presidente da concelhia do PSD o estatuto de arguido. Por falta de autoridade moral, nesta matéria de “cunhas” e de “tachos” e “tachinhos” como o que ocupou antes de ser deputado, devia remeter-se (ou continuar) a um profundo silêncio», atira.

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