A não inclusão da construção da variante à Estrada Nacional 101 no Orçamento de Estado para 2019 motivou esta terça-feira uma reacção do líder da Concelhia do PSD, Rui Silva, que critica a opção do Governo e acusa o PS de Vila Verde de colocar «interesses pessoais e a agenda própria» à frente dos interesses do concelho.
«O PS Vila Verde serviu-nos, sem surpresa nossa, mais um prato requentado na análise que faz deste facto. Se fosse um partido responsável, estaria a exigir do seu Governo a concretização desta obra tão importante para os vilaverdenses. Mas o PS é um partido a brincar, em que os interesses pessoais e a agenda própria estão à frente dos interesses do concelho», critica.
A tomada de posição do presidente do PSD Vila Verde surge depois de o vereador do PS José Morais ter criticado a Câmara por não ter tido, ao longo das últimas duas décadas, «capacidade de influenciar politicamente o poder central» nem «justificar a necessidade da realização da variante à EN 101, ao contrário de outros concelhos onde essas vias existem».
Para Rui Silva, perante a não inclusão desta obra, «que constava do Plano de Acessibilidades Rodoviárias do Governo anterior e foi retirada pelo executivo actual», «exigia-se ao PS uma atitude de indignação, mas o partido pretendeu fazer uma luta pequena e falar da falta de peso político do executivo e do PSD Vila Verde».
«Essa responsabilidade era ainda mais exigida depois de o líder do partido e Primeiro-Ministro se ter deslocado a Vila Verde, por altura das últimas eleições autárquicas, prometendo a construção dessa variante», atira.
Fazendo uma analogia com um combate, o líder da Concelhia social-democrata e deputado diz que «o PSD é um peso-pesado e o PS um peso-pluma, como mostram os resultados eleitorais, até porque o PS nunca ganhou qualquer eleição no concelho».
«O PS deve ter olhado para o Orçamento de Estado para 2019 com uma curiosidade mórbida e vislumbro mesmo um sorriso de Belzebu quando verificou que essa variante não constava do documento», refere.
Segundo Rui Silva, «a um partido político responsável exige-se que coloque os interesses das populações acima de tudo».
«O PS Vila Verde revela uma postura mesquinha, estando apenas interessado em colocar-se em bicos de pés e cumprir a sua agenda política a todo o transe. Esquece o que verdadeiramente interessa, que é Vila Verde», remata.