Saneamento em marcha!

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A par da baixa mortalidade infantil e do nível elevado de escolaridade, um dos indicadores que melhor identifica o estádio da qualidade de vida de um povo é a taxa de cobertura de saneamento.

A existência de uma rede de saneamento robusta, no sentido de abrangente e funcional, é em si mesma um indicador de preocupação com a saúde pública e com a preservação da natureza e, por consequência, com o bem-estar das populações.

Este foi um dos temas que mereceu, por parte de António Vilela e José Morais, muita atenção nas últimas eleições autárquicas. O facto destes candidatos colocarem o assunto na agenda política terá ajudado a dar um pontapé no marasmo que se sentia nesta área.

Vila Verde parece estar nesta fase a sair de um adormecimento de várias décadas. O vereador do ambiente, Patrício Araújo, merece aqui uma palavra de reconhecimento.

Hoje, senteimos que se está a tentar corrigir aquilo a que chamaria de décadas de política invertida.

Porquê política invertida?

Optou-se, em Vila Verde, há alguns anos atrás, por se colocarem tapetes em algumas estradas, desprezando a necessidade do saneamento, quando se devia ter feito uma opção mais racional e inversa desta: primeiro o saneamento e depois as estradas.

Tanto mais que, durante muitos anos, a União Europeia disponibilizou muitos meios financeiros  para o saneamento, os quais nós não aproveitamos.

Foram vários os concelhos que aproveitaram esses fundos na devida altura, evitando o rasgar de estradas a que assitimos agora, o que resultadou, para eles, terem hoje melhores taxas de cobertura de saneamento e melhores estradas do que nós.

Apesar do nosso atraso, importa agora realçar o investimento na rede de saneamento que hoje se verifica no concelho.

Aquilo que esperamos é que este investimento se mantenha consistente por forma a recuperarmos algum do tempo perdido.

Entretanto, o presidente de câmara queixa-se que há poucos pedidos dos particulares para ligação à rede. Tem razão em estar preocupado. Não sei onde está o problema, mas isto tem que ser rapidamente corrigido.

Se é verdade que a autarquia se atrasou anos na instalação da rede não é menos verdade que ao estar agora a ser feito este investimento nós, os cidadãos, temos a obrigação de responder, solicitando as ligações.

Aos poderes públicos – neste caso à câmara – compete criar as condições. Em contrapartida, nós não nos podemos alhear e temos que fazer o que nos compete e responder ao esforço que a autarquia está a fazer.

Um apelo final: a) a câmara deve promover a informação necessária juntos das populações e criar mecanismos de desburocratização para as ligações particulares e b) os Vilaverdenses devem aderir ao sistema, ajudando, assim, a melhorar a nossa saúde pública e a proteger o meio ambiente, aumentado a qualidade de vida no Concelho.