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Suicídio na adolescência: Pais, a que devem estar atentos?

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Artigo de Maria Vale

 

Em Portugal, o suicídio é a segunda causa de morte nos adolescentes, entre os 15 e os 19 anos de idade (Organização Mundial de Saúde, 2019). Instalada uma desorganização interior e um sofrimento intolerável, são demasiados os adolescentes que colocam termo à sua vida, quando esta ainda está a iniciar. Para estes, não existe outra alternativa viável.

Para prevenir e intervir a tempo, existem alguns sinais de alerta a que os pais podem estar atentos: (1) Psicológicos: tristeza, apatia e indiferença constantes; baixa autoestima, sentimentos de culpa e vergonha; sensação de falta de pertença à família, aos grupos de amigos, à sociedade; irritabilidade e stresse; introversão (falam pouco sobre si, sobre o que sentem, e o que pensam); explosões de raiva, impulsividade, agressividade, e baixa tolerância à contrariedade; alterações nos hábitos alimentares e no padrão de sono; consumo de bebidas alcoólicas, estupefacientes e medicamentos; doenças do foro psicológico/psiquiátrico como  a depressão, ansiedade;  (2) Físicos: falta de cuidado com a aparência física e higiene pessoal; linguagem e postura corporal deprimida (e.g., cabeça baixa, ombros encurvados, ausência de contacto ocular). (3) Sociais: perda de interesse por atividades de lazer e desportivas; isolamento social e resistência em estar em locais públicos; grande dependência emocional de adultos; (4) Escolares: faltas à escola; dificuldades de concentração e aprendizagem; baixo rendimento académico; (5) Comportamentais: despedidas inesperadas e intensas, sem causa aparente; ameaças de comportamentos suicidários; pensamentos, ideações e expressões suicidas (e.g., “Quero morrer”, “Vou-me matar”, “A minha vida não tem sentido”); comportamentos autolesivos (cortes, queimaduras, …); tentativas de suicídio anteriores. 

A atenção parental decorre do diálogo, compreensão, escuta, investimento        numa relação de qualidade e da supervisão. E, na presença destes sinais e sintomas, recorra a um serviço de psicologia/psiquiatria. Há ainda a possibilidade dos jovens conversarem através da Linha SOS Adolescente, através do número 800202484, ou da linha SOS Estudante – 96 955 45 45, para apoio emocional e prevenção do suicídio.

Pais, vamos ajudá-los a encontrar e a construir outra alternativa para este grito de dor.

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