São seis jovens, dois deles estrangeiros, com idades entre os 16 e os 20 anos. Assaltaram em Novembro de 2021 dois taxistas na Vila de Prado e foram, agora, condenados pelo Tribunal de Braga a penas entre os dois anos de prisão e os 170 dias de multa, todas elas suspensas.
O primeiro assalto deu-se no dia 20 à noite. Após contacto telefónico, o taxista foi à Avenida do Cávado, junto à GNR de Prado. Aí, quatro jovens entraram no veículo e foram indicando o percurso, até que chegaram ao cruzamento entre a Rua de São José com a Rua de Monte de Cima, em Cabanelas.
Após a imobilização do veículo, um deles, que se encontrava atrás do condutor, segurou o taxista pelo pescoço, mediante a aplicação de um golpe denominado “mata leão”, tendo-lhe os restantes arguidos dado diversos socos na cabeça, exigindo-lhe dinheiro.
A vítima, receando pela vida e sentindo-se sufocado, deu-lhes 100 euros. Não obstante, continuaram a exigir-lhe mais dinheiro, tendo então o ofendido conseguido abrir a porta do carro, momento em que um deles disse a outro “pega na naifa, vai à volta e não o deixes sair”, o que aquele fez.
No momento em que um se aproximou, colocou uma perna contra a porta, impedindo que a fechasse e pôs- se em fuga. Os arguidos ainda tentaram alcançá-lo, mas sem êxito. A seguir, os quatro levaram o telemóvel do ofendido, um “iPhone”, de 500 euros.
Segundo assalto
No dia 22 de Novembro, outro taxista estava na praça de táxis, altura em que recebeu uma chamada da “Central” para se deslocar às bombas de gasolina da GALP de Prado, porquanto tinham recebido tal pedido através de uma cabine telefónica.
Chegado ao local, junto à referida cabine, encontrou um dos arguidos, o qual entrou, sentando-se ao lado do condutor. Acto contínuo, o profissional iniciou a marcha e o arguido pediu-lhe que parasse a 100 metros, pois ia transportar dois primos.
Nesse momento, entraram para o banco de trás do táxi mais dois jovens. O veículo, seguindo as instruções dos “passageiros”, chegou à Rua de São José, Cabanelas. Nesse instante, o jovem que seguia no lugar do pendura desferiu dois socos ao taxista, provocando-lhe uma hemorragia no nariz.
De seguida, um outro, no banco de trás, aplicou-lhe um golpe de “mata leão”, apertando-o com força e apontou-lhe uma faca ao pescoço, enquanto os outros dois continuavam a desferir socos no rosto e corpo da vítima. E ordenavam-lhe que lhes desse dinheiro e o telemóvel. O ofendido, receando pela vida, deu-lhes 100 euros. Quando tentou soltar-se do cinto de segurança, foi-lhe dado mais um soco na face, enquanto mantinham a faca no pescoço.
De seguida, um deles abriu a porta do lado do condutor, porém, a vítima, que desfalecia porque lhe apertavam o pescoço, já não conseguiu sair e o cabo da faca acabou por partir. Antes de fugirem, o grupo retirou ainda um “tablet” de 400 euros, o cartão de cidadão, a carta de condução, um cartão de débito do Banco Totta e um cartão GALP frota.