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A legislatura e as eleições

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Estou a escrever a cinco dias das eleições legislativas, o que de forma genérica coincide – ainda que não formalmente – com o final desta legislatura.

Quanto à legislatura

O primeiro dado relevante, é que este terá sido o período da nossa democracia em que se tornou mais evidente que o nosso regime é parlamentar. É assim que ele está definido constitucionalmente: elegemos um parlamento, que por sua vez dará “suporte” a um governo.

O segundo dado relevante é que ao fim de várias décadas o arco da governação que estava fixado em três partidos (PS,PSD e CDS) foi alterado. Hoje, graças à “Geringonça”, tornou-se natural que os partidos do arco da governação são todos aqueles que nos representam no parlamento, como, aliás, é bom e saudável que aconteça em democracia.

Quanto à campanha

A opinião generalizada era que o PS ganharia as eleições de forma folgada, com fortes possibilidades de uma maioria absoluta, e que o PSD teria um resultado humilhante.

Afinal parece que a realidade será outra.

Sempre tive para comigo que dificilmente o PS teria uma maioria absoluta, já que é notório que a quase totalidade das pessoas (pelo menos das que eu conheço) não têm boas memórias de maiorias absolutas!

Alguns apregoavam um resultado terrível para o PSD, abaixo dos 25%. Parecia-me óbvio que tal não aconteceria. O histórico dos resultados eleitorais e a força do partido mostram que nunca ficaria abaixo dos 25%, a menos que surgisse algo demasiado grave apontado a Rui Rio, o que parecia improvável.

Temos, pois, vindo a assistir a um aproximar nas sondagens dos dois partidos, embora com uma clara maioria da intenção de votos nos partidos de esquerda face aos de direita.

Estes dois dados refletem que a maioria dos portugueses estarão agradados com a governação de António Costa mas não querem dar um livre-trânsito a um só partido para governar.

Prognosticando

O prognóstico fica-me facilitado:

  1. estamos a caminho de um resultado eleitoral em que o PS ganhará as eleições, sem maioria absoluta;
  2. os partidos de esquerda continuarão a decidir, tal como nos últimos quatro anos, a governação do país;
  3. o PSD terá um resultado honroso, que permitirá a Rui Rio condições para se manter na liderança do partido.

Nota final

Em tempo de campanha, fico novamente com um travo amargo. Os pequenos e os novos partidos não têm a mesma oportunidade mediática dos que já estão na Assembleia da República. Reconheço que não é fácil contornar este facto. Mas em democracia a oportunidade para fazer passar a mensagem política deve ser igual para todos os partidos, independentemente da sua dimensão ou da sua “idade”.

Fiquemos então à espera dos resultados do dia 6 para ver que surpresas nos querem oferecer os eleitores!

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