Condenados por falsificação de moeda na forma tentada. Isto porque foram apanhados, em 2016, em Braga, pela PJ do Porto, com a “mão na massa” numa oficina gráfica, quando se preparavam para começar a fabricar notas de 500 euros e moedas de dois euros.
Os quatro falsificadores foram, agora, condenados pelo Tribunal Colectivo de Braga, a penas de prisão, entre quatro e um ano e oito meses, por crime de contrafacção de moeda, na forma tentada. As condenações ficaram suspensas.
Os juízes deram como provadas as conclusões da investigação da Polícia Judiciária (PJ), que apreendeu, em Junho de 2016, um arsenal de equipamentos de impressão e cunhagem, em casas usadas para o efeito em Ílhavo (Aveiro), Braga e Vila Verde.
Quando a PJ invadiu as “tipografias”, apanhou uma nota de 500 euros que fora gravada como teste. E o mesmo sucedeu com duas moedas metálicas, imitando a de dois euros mas que ainda só estavam cunhadas de um dos lados.
Deteve, nesse dia, três dos quatro suspeitos e apreendeu uma máquina de impressão de última tecnologia (3D), uma prensa, uma guilhotina, metal para moedas e papel semelhante ao das notas de euro.
O Ministério Público acusou José Manuel Marques, de 29 anos, de Barcelos, artesão de profissão, Manuel de Araújo Fernandes, de 59 anos, de Barcelos, Paulo Francisco Pereira, de 51 anos – pai de José Manuel Marques – e Bruno Filipe Correia, de 60 anos, ambos de Braga, por se terem conluiado, desde 2014, para adquirirem equipamentos para contrafação de moeda «em grande quantidade».
O grupo explorava duas inovações: fabricava moedas com instrumentos expressamente construídos para o efeito e utilizava uma impressora 3D (três dimensões) na construção de moldes que permitiriam o fabrico das notas de 500 euros com elevado grau de perfeição.