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DESCONFINAMENTO: sejamos serenos e vigilantes mas determinados, sem irmos “do oito ao oitenta”.

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Em geral, a reação dos portugueses na primeira fase da pandemia foi exemplar.

O governo, as autoridades de saúde e a oposição estiveram bem, e os portugueses ainda melhor.

Foi uma fase dura, até porque estávamos perante algo totalmente desconhecido e, como tal, além dos danos causados diretamente pelo vírus esteve-lhe associada uma carga emocional e psicológica de grande monta. Medos, angústias…veremos como é que no final estará a nossa saúde mental colectiva.

Entretanto, entrámos na segunda fase do processo: o desconfinamento.

Esta fase parece-me mais delicada, já que temos de conciliar as questões da saúde com as da economia, que são duas faces da mesma moeda.

As dinâmicas socais, o cansaço das restrições, a vontade de regressar ao convívio, a procura dos políticos do seu espaço e a urgência de ter a economia a funcionar criam um certo “caos”, quer na mensagem dos decisores quer nas nossas acções quotidianas.

Se até aqui a mensagem das autoridades era simples – fiquem em casa – agora tudo é mais complicado. Começam a surgir sinais dessas dificuldades: mensagens às vezes contraditórias, aglomerações em alguns locais e o baixar da guarda individual em muitas circunstâncias!

Corremos, pois, o risco de passarmos do ”oito ao oitenta”.

Só vislumbro um caminho: temos de ser serenos e vigilantes, mas determinados.

O desafio de retomar a vida com alguma normalidade nas escolas, empresas, serviços, cultura, lazer é grande.

Teremos de nos habituar a (con) viver com o vírus, sem andarmos alarmados, sabendo que existe uma possibilidade real de sermos infectados, mas conscientes de que a vida tem de regressar, paulatinamente, ao normal.

Na saúde, são milhares os que direta ou indiretamente sofreram as consequências da pandemia. 

Entretanto, na economia, já há muitos portugueses a sentir o seu efeito, mas poderemos estar ainda a ver apenas a ponta do iceberg. O que temos pela frente é difícil de prever, e, sem querer ser alarmista, podemos bater de frente com uma tempestade enorme.
A prioridade tem de ser restabelecer, o mais rapidamente e de forma consistente, a vida social e a economia, para que não se aplique o ditado, “não morremos da doença morremos da cura.”

Por fim, sobre o futuro restam algumas dúvidas inquietantes. 

Como será verdadeiramente o novo normal?

Como serão as relações interpessoais? 

Perderemos parte da nossa afetuosidade?

E a relação de cada um de nós com o trabalho?

A viagem que temos pela frente é difícil, mas se nos mantivermos unidos, agindo como um colectivo, sem deixar ninguém para trás, a tormenta será mais fácil de ser ultrapassada e, talvez, regressemos melhor. 

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