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O Natal passou, mas persistirá a sua mensagem

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O Natal é um período que nos faz aprofundar e rejuvenescer os nossos afetos, o nosso altruísmo, os nossos sentimentos mais nobres. Aviva os nossos valores, põe em prática ações nobilíssimas do nosso viver, pensando mais nos outros.

É uma época de dar e aceitar, de interagir com o nosso semelhante, da convivência entre patrão e empregado, entre entidades oficiais e seus colaboradores, entre instituições, seus cooperantes e seus utentes… Este ano o Natal foi vivido de uma forma diferente, mas a verdadeira mensagem permaneceu viva na família e na própria sociedade em geral. Não houve jantares/convívios da família que constitui uma empresa, uma instituição ou qualquer outra entidade oficial, mas não se desvaneceram os laços fraternos com outros atos simbólicos dignos de apreço que unem e que fortalecem os laços de amizade entre todos. Saibamos receber sempre esses gestos ou outros semelhantes ao longo do ano, sintamos alegria em acolhê-los e nunca os desprezemos.

O Nata é o período dos afetos, da solidariedade, pensando profundamente nos mais necessitados da sociedade, naqueles que precisam da nossa ajuda e que, noutras alturas do ano, andamos mais distraídos! Alerta-nos e chama-nos a atenção para o dever de continuidade (que não seja só no Natal!) destes olhares mais humanizados.

Época natalícia, período de um são espírito, de um quebrar de ressentimentos, de uma lavagem do nosso espírito, de um ressurgimento de ideais fraternos! Recebo o que o outro me dá, guardando com carinho, seja rico ou seja pobre, seja de um meu adversário ou de um grande amigo. Tudo deve ser bem-vindo, porque quem dá, dá com sinceridade e carinho, muitas vezes, com sentido de perdão, em suma: são os presentes de Natal que deve continuar a ser vivido. As dificuldades, infelizmente, continuam e nós devemos ter sempre no nosso coração esse espírito natalício.

Procuremos ser mais justos, de procurarmos ver no outro a nossa imagem, de deixar de inferiorizar o nosso colega de trabalho, o nosso vizinho, o nosso superior hierárquico, o nosso funcionário…É altura de lutarmos pelo nosso futuro, de ansiarmos por determinados lugares, mas com o nosso mérito e não com a derrota da moral dos outros.

Pensemos no nosso caminho, nos passos que damos ao longo da vida. Lembremos aquela passagem do Evangelho (Mateus 23,12): quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado. Há tantas provas, ao longo da nossa existência, em que esta mensagem evangélica se aplica! Reflitamos, por exemplo, nesta guerra pandémica com balas invisíveis que nos atinge e que poderão destruir a nossa vida sem que haja soldados ou meios bélicos avançados na defesa deste ataque tão feroz por todo o mundo, massacrando, inclusivamente, as grandes potências que, humanamente, tudo investem, mas, desta vez, têm sido também humilhadas. Foi e é um enorme abanão para aqueles que pensavam que já eram divinais, que nada os podia conter, mas, afinal, o mistério faz-nos meditar em toda a nossa pequenez. 

A ciência, nestes tempos, concentrou-se a construir outras armas para a salvação da humanidade, para dar vida e não para matar. Os cientistas do mundo inteiro convergiram todos na construção de barreiras invisíveis para a defesa da humanidade. Uma guerra mundial que está a procurar ser vencida sem o ruído das bombas, sem o ruído dos aviões, sem o massacre das populações, sem o sangue derramado… 

Pensemos bem nisto e afastemos o nosso orgulho, a nossa avareza, o nosso potencial poder e elevação social, pois tudo é balofo e tudo se perde se não soubermos desempenhar, com verdadeiro sentido humano, os nossos cargos, os nossos haveres e tudo aquilo que administramos. É bom que cada um de nós pense bem nestas reviravoltas do nosso viver nesta terra e que a nossa vida seja sempre um natal a florir no nosso interior.

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