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PAN apresenta Rafael Pinto contra gestão “desastrosa” da direita em Braga

O PAN apresentou, esta quarta-feira, Rafael Pinto como cabeça-de-lista à Câmara de Braga às Autárquicas, uma candidatura que tem como lema ‘Dar Voz ao Planeta em Braga’ e promete ser alternativa à gestão “desastrosa” da maioria PSD/CDS/PPM/Aliança.

O lançamento de campanha, que decorreu no Jardim Urbano da Freguesia de S. Vítor, é considerado pelo candidato e também líder da Distrital do Pessoas – Animais – Natureza “um momento histórico” para o partido por ser “a primeira candidatura com valores progressistas, ambientalistas e de bem-estar animal no concelho”.

Rafael Pinto, acompanhado pelo porta-voz da Concelhia e n.º 1 à Assembleia Municipal, apontou como bandeiras às Autárquicas o ambiente, a mobilidade e a educação.

Deixou claro, contudo, que o projecto do partido para o concelho também se foca “no bem-estar animal, na saúde, combate à corrupção e aumento da transparência e participação dos cidadãos na democracia”.

O candidato, de 25 anos, natural de Celorico de Basto, deixou fortes críticas ao actual executivo: “Em oito anos de mandato não conseguiram parar a poluição no rio Este(…) em oito anos de mandato, não conseguiram melhorias que se notem na mobilidade da cidade (…)”.

Também a gestão do arvoredo urbano tem sido, para o PAN “desastrosa, com podas abusivas e abate de árvores saudáveis, a moto-serra não tem tempo de arrefecer, e quanto mais esta aquece, mais aquecem os bracarenses e mais aquece o futuro das próximas gerações”.

CRÍTICAS À DIREITA E ESQUERDA

Os partidos da oposição também não passaram ao lado das críticas de Rafael Pinto, que em 2019 foi cabeça-de-lista pelo PAN às Legislativas pelo círculo de Braga.

“Depois de muitos meses de expectativa e de apresentações de candidaturas que são mais do mesmo, com promessas vazias, falta de visão a longo prazo, as ideias do costume e até, em alguns casos, as pessoas do costume eis que surge uma nova esperança para os bracarenses, a esperança de que afinal não é tudo igual, que Braga tem futuro, que há uma alternativa verde”, afirmou.

Da direita à esquerda ninguém passou ao lado: “Ao contrário de outros partidos que já apresentaram candidatura, como o Iniciativa Liberal ou Chega, o PAN Braga não apareceu apenas para estas eleições. No último ano apresentamos 27 propostas e enviamos 131 questões para a autarquia, organizamos vários eventos e pronunciamo-nos constantemente sobre os problemas do concelho”, frisou Pinto, licenciado em Direito e mestrando em Direito da União Europeia na Universidade do Minho.

Para o candidato do PS, Hugo Pires, Rafael Pinto deixou uma mensagem clara: “Ao contrário do PS, o PAN não tem medo de levantar poeiras na oposição, que revelem algo que não pode ser visto! Os candidatos do PAN não fecharam a porta a Braga e voltaram agora, a meses das eleições. Para nós, e como se costuma dizer, Braga, tem sempre a porta aberta”.

Já em relação à coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM/Aliança), o PAN deixa uma mensagem para o PSD.

“Parece que a única espécie em vias de extinção com que se preocupam são partidos políticos, CDS, PPM e Aliança, vale tudo sem critério, sem exigência”, atirou.

TUB GRATUÍTOS

À esquerda, Rafael Pinto acusa o PCP “a definhar com o conservadorismo a que já nos habituaram, querendo manter o país e o concelho no século passado e ainda o Bloco de Esquerda, com preconceitos radicais ideológicos, é incapaz de construir pontes tendo em vista o progresso. Tendo como base a intolerância, já demonstrou não ser capaz de construir uma verdadeira alternativa”.

Quanto ao programa eleitoral, a apresentar posteriormente, o candidato já avançou algumas propostas. “Queremos TUB gratuitos para todos os estudantes e reformados até 2024, aumento da rede de transportes para a periferia; construção dos 76km de ciclovia previstos.

A remunicipalização da Agere e a criação do regulamento municipal do arvoredo urbano são outras propostas.

Já o candidato à Assembleia Municipal, Tiago Teixeira criticou a falta de visão no tratamento dos resíduos urbanos e apresentou propostas em diversas áreas como a criação de uma assembleia de cidadãos, criação de uma resposta pública acessível para os cuidados médico-veterinários, de um programa de estágios para os alunos do ensino secundário em parceria com a economia local e mais habitação pública e programas de habitação acessível.

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