«Os vereadores do PS lamentam não terem sido informados ou convidados a participar» na Festa do Idoso de Vila Verde, que ontem decorreu. «Cabe-nos por isso denunciar publicamente esta postura e lamentar que em 2018 ainda há quem encare a politica nos mesmos moldes do tempo do Estado Novo», afirmam os vereadores socialistas, em nota enviada à nossa redacção.
Os eleitos do PS lamentam «profundamente terem sido excluídos da participação da Festa do Idoso, a exemplo do que tem acontecido noutras atividades da Câmara Municipal».
Na óptica dos socialistas, a Festa do Idoso «deveria ser um momento de confraternização, de celebração da vida e de reconhecimento, e gratidão, para com as gerações menos jovens que ajudaram a construir a nossa identidade ao longo dos anos. Porém, vai ficando claro que afinal o objetivo da câmara é tentar fazer da festa um ato político, em que a oposição é subtilmente afastada».
Observam mesmo que, «através do seu voto nas últimas eleições autárquicas, o povo ditou que a câmara fosse constituída por 4 elementos do PSD e por 3 do PS. Aos 4 elementos eleitos pelo PSD cabe governar a autarquia e aos 3 do PS cabe fazer o escrutínio da atividade da maioria».
DIREITOS DA OPOSIÇÃO
Afirmam, em simultâneo, que «as oposições têm um conjunto de direitos. Entre eles o direito de participar em todas as atividades organizadas pela câmara. Quem está no poder tem a obrigação de informar e convidar a oposição para todas as atividades, dando-lhes a conhecer os locais, os dias, horas e modos de participação. Cabe depois à oposição decidir em que eventos quer e pode estar presente.
Esta não tem sido a prática corrente na câmara de Vila Verde».
Para os vereadores do PS, «esta é forma ardilosa de excluir a oposição da vida da autarquia. Esta atitude de exclusão intencional dos vereadores do Partido Socialista serve para depois apregoarem aos sete ventos que nós não damos importância às atividades concelhias».
PROPAGANDA POLÍTICA
No dizer dos vereadores socialistas, «ao excluir a oposição, a câmara vem dar razão a muitas vozes que se referem a vários eventos autárquicos como momentos de propaganda política inaceitável, ao estilo do antigo regime em que se juntava o povo em festa e se excluía a oposição».
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