Apesar de a candidatura Braga Smart Retail ao programa Bairros Comerciais Digitais ser a mais pontuada e obtido um incentivo global de 1,3 milhões de euros do PRR, a Câmara de Braga considera que a iniciativa teria mais impacto e retorno económico se em paralelo houvesse também um programa de incentivos directos às empresas.
“Estou certo que a aliança deste investimento colectivo reforçado com investimento nos estabelecimentos, incrementaria ainda mais a digitalização dos negócios e tenho esperança que tal ainda venha a suceder”, afirma António Barroso, coordenador geral da candidatura e adjunto do presidente do município.
Reconhecendo o programa Bairros Comerciais Digitais como “uma iniciativa catalisadora do crescimento económico”, também Rui Marques, director-geral da Associação Empresarial de Braga (AEB), parceira na candidatura Braga Smart Retail, aponta a ausência de uma dimensão “muita importante” na estrutura deste programa.
“No entender da AEB, este programa enferma de um problema de base, que é não apoiar directamente os estabelecimentos. Acreditamos que era importante entrar dentro dos espaços comerciais e intervir loja a loja”, explica.
A candidatura do município, apresentada em co-promoção com a AEB, prevê uma área de intervenção composta por 52 artérias do centro histórico, abrangendo 927 estabelecimentos de comércio e serviços ao consumidor.
Cativar novos públicos, melhorar a experiência de consumo e de visita, alargar o radar de negócios com a digitalização, permitir uma melhor, célere e mais limpa e sustentável comunicação e divulgação dos eventos, notícias, mas sobretudo da oferta comercial, de restauração, hotelaria, animação turística e outros serviços. “Digitalizar para melhor comunicar e vender” é o principal objectivo do Braga Smart Retail.