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Plano de exploração do Rio Homem quer “fomentar a pesca” mas com regras

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O novo Plano de Gestão e Exploração da Pesca na Bacia Hidrográfica do Rio Homem pretende “fomentar a pesca”, mas com a existência de regras, para que seja possível proteger as espécies e conservar a natureza.

“Queremos fomentar a pesca, fazendo com que as pessoas aproveitem o contacto com a natureza, mas também que a natureza esteja cada vez mais salvaguardada e protegida no sentido de tendermos sempre para melhorar o seu estado de conservação”, explicou esta quarta-feira António Martinho, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em Vila Verde.

O responsável falava aos jornalistas, no salão nobre da Câmara Municipal, à margem de uma sessão de apresentação do plano, que foi concebido pelo ICNF e pretende promover o ordenamento aquífero do Rio Homem.

“O que queremos ver é as pessoas a pescar, a utilizar o rio, que tenha cada vez mais condições de ser pescado, com uma oferta de qualidade”, garantiu.

Para a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Fernandes, este plano “é mais um contributo” para a dinamização local, nomeadamente das freguesias abrangidas e das suas zonas ribeirinhas. “Tudo aquilo que possa dinamizar o nosso concelho, criar retorno económico e valorizar as nossas zonas ribeirinhas é sempre muito bom para nós”, destacou.

No concelho de Vila Verde, envolve as freguesias de Aboim da Nóbrega e Gondomar, Coucieiro, Gême, Lanhas, Loureira, Pico S. Cristóvão, Ponte, Prado (S. Miguel), Sabariz, Soutelo, Turiz, UF Esqueiros, Nevogilde e Travassós, UF Oriz (Sta. Marinha e S. Miguel), UF Pico de Regalados, Gondiães e Mós, UF Sande, Vilarinho, Barros e Gomide, UF Valbom (S. Pedro e S. Martinho) e Passô, UF Vade, Valdreu e Vila Verde e Barbudo.

AS REGRAS

As novas regras e as novas áreas de pesca, com morte e sem morte, entram em vigor a 01 de Abril. A pesca de espécies exóticas passa a ser livre, dentro das datas permitidas, e as espécies autóctones têm uma quota.

Passam, assim, a existir áreas sem pesca, onde não é permitida a pesca, áreas de pesca sem morte (o pescado é devolvido ao rio) e áreas de pesca com morte. Essas áreas de rio passam a estar identificados com novas placas.

Nas zonas onde é possível pescar com morte, foram definidas quotas de pesca, sobretudo da truta. Ficam definidos o tamanho e o número de peixes que se podem pescar. As espécies exóticas serão retiradas do percurso de água e não têm quotas.

Em paralelo, vai avançar o repovoamento do rio com espécies autóctones, através de um banco de peixes que está a ser criado.

O PLANO

O documento apresentado resulta do trabalho desenvolvido pelos serviços do ICNF e contou com o apoio da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (apoio técnico-científico) e do Instituto Politécnico de Bragança (revisão do plano de gestão).

O plano propõe o desenvolvimento de acções para promover a pesca lúdico-desportiva e a conservação dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos ao longo do Rio Homem e da sua bacia hidrográfica.

No âmbito da conservação estão previstas acções como retirada de lixos, consolidação das margens com a plantação de ripícolas nativas, repovoamentos com truta-de-rio, designadamente com alevins e ovos embrionados da genética da bacia hidrográfica e a promoção do uso de meios e processos de pesca mais sustentáveis dos recursos explorados.

O modelo de gestão e ordenamento da pesca proposto está alicerçado no estudo das comunidades aquícolas/piscícolas e dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos da bacia hidrográfica. Está prevista a execução periódica de amostragens da ictiofauna (pesca eléctrica), assim como a caracterização hidromorfológica dos seus habitats, através da metodologia RHS (River Habitat Survey).

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