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Formação Versus Experiência

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Opinião de João Araújo

Desde a conclusão do ensino secundário que parte de mim queria entrar o mais rapidamente possível no mercado de trabalho. A minha família, ligada ao ensino, não só foi a influência positiva que necessitei para ingressar no ensino superior mas também a pressão necessária para que concluísse os estudos. Foi durante os meus estudos superiores que descobri a minha paixão, o Design de Produto e isso devo-o à minha família.

Em todo o tempo da licenciatura sempre dei por mim a reparar em matérias ou formas de ensino que eu não considerava adequadas para a minha ideia do mercado de trabalho mas, do alto dos meus 20 anos, associei esse sentimento ao desconhecimento que teria do real mercado de trabalho. Tentei assimilar tudo o que achava importante e filtrar tudo o que sentia ser demasiado acadêmico para ser aplicado no dia-a-dia.

Após a conclusão do curso entrei de imediato no mercado de trabalho e comecei a compreender que alguma da formação que tinha recebido durante tantos anos de estudo era desajustada e descontextualizada. Tentei assimilar tudo o que me era possível, da pessoa que limpava a empresa até ao responsável máximo, tentei inovar e trazer mais-valias para a empresa na minha área e, rapidamente, ascendi ao cargo máximo que podia aspirar com as minhas qualificações. Eventualmente depois de deixar de aprender naquela empresa mudei de emprego e, num contexto diferente, iniciei novamente o ciclo: integração e aprendizagem, ampliação de conhecimentos, inovação, evolução e, novamente, a estagnação. O passo seguinte, o que me parecia mais lógico, foi o de me tornar empreendedor, abrir a minha própria empresa para poder selecionar toda a informação e conhecimento que me eram facultados assim como as empresas parceiras onde poderia obter esse conhecimento. Aprendo todos os dias sobre a minha e outras áreas, enriqueço-me pessoal e profissionalmente como se estivesse a estudar múltiplas licenciaturas, sem nunca me sentir aborrecido ou cansado de aprender.

Agora do alto dos meus 30 anos, olho para trás e percebo a importância da minha formação acadêmica durante todos estes anos no mercado de trabalho. Permitiu-me selecionar melhor a informação que realmente me é fulcral assim como absorvê-la de forma mais eficaz. Permite-me ainda olhar para os problemas do dia-a-dia com outro olhar crítico e analítico que em grande parte define o profissional e a pessoa que sou hoje.

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